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Indústria Cosmética

Grupo Kosmoscience usa pele humana para estudar os danos causados pela radiação infravermelha

Método é uma alternativa ao uso de animais nos testes realizados pela indústria Cosmética. Leia Mais »

Parque tecnológico da UFRJ ganha centro de pesquisa da L’Oréal e prepara novidades para 2018

Na contramão da decadência na área de pesquisas científicas no país, que sofreu um corte de 44% nas verbas este ano, os bons ventos sopram para as mentes criativas da Ilha do Fundão. O parque tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ganhou fôlego há um mês, com a inauguração do novo Centro de Pesquisa e Inovação da L’Oréal; e abrirá, em janeiro, uma unidade da Ambev. Até o fim do ano que vem, um enorme espaço multiuso batizado de O Cubo abrigará atividades para conectar arte e tecnologia.

Com investimentos que chegam a R$ 160 milhões, o novo centro de pesquisas da L’Oréal, na vizinha Ilha de Bom Jesus, foi criado para acelerar o desenvolvimento de produtos que atendam ao mercado brasileiro. Um dos sete centros do grupo francês no mundo e o único na América Latina, a unidade tem 15 mil metros quadrados e conta com mais de cem pesquisadores com a missão de satisfazer o consumidor nacional.

“A unidade de P&I Brasil tem como principal missão criar inovações locais em categorias onde os consumidores brasileiros são altamente exigentes, tais como os cuidados com os cabelos e a pele, proteção solar e higiene, com potencial de lançamento mundial. A ideia é tornar as melhores inovações globais da L’Oréal relevantes para os consumidores brasileiros e latino-americanos, por meio do desenvolvimento local da customização de tecnologias mundiais” ,explica Delphine Allard, diretora de Pesquisa e Inovação da L’Oréal no Brasil.

O mais novo equipamento do Parque Tecnológico da UFRJ possibilitará pesquisas numa área que até então não havia sido explorada pelo centro de estudos. O parque de 350 mil metros quadrados abriga, atualmente, 66 instituições. Estão instalados na Ilha do Fundão centros de pesquisa de 16 empresas de grande porte, nacionais e multinacionais, nove pequenas e médias, sete startups do programa CrowdRio, além de nove laboratórios da própria UFRJ. Está em fase de construção o Centro de Referência Nacional em Farmoquímica, do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), fortalecendo ainda mais as diferentes interações com a UFRJ. Na unidade de pesquisa da Petrobras, funciona o mais moderno simulador de perfuração de poços de petróleo do país. O segredo para se manter evoluindo, segundo o diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, José Carlos Pinto, é não depender de verba pública.

“Quem investe no parque tecnológico são as empresas que se instalam aqui. A operação usual do parque não se mantém com recursos públicos, exceto determinados projetos. Se não fosse assim, seria difícil nos mantermos em expansão porque o corte do investimentos em pesquisa é dramático. O número de editais previstos para o próximo ano é perto de zero”, lamenta o diretor.

O parque conta ainda com um espaço de coworking, áreas para eventos e projetos de empreendedorismo de alunos e docentes, além da Galeria Curto Circuito de Arte Pública — fruto de uma parceria com a Escola de Belas Artes (EBA/UFRJ), com patrocínio da empresa residente Vallourec — que apresenta obras de arte e intervenções urbanísticas de artistas convidados, alunos e professores da universidade.

” Para nos tornarmos um local atrativo para empresas, temos que oferecer mais que uma boa estrutura. Precisamos manter em convergência as pesquisas em diferentes áreas. Isso faz as boas ideias se materializarem”, explica José Carlos Pinto.

Além da L’Oréal, funcionam no parque tecnológico centros de pesquisa da Baker Hughes, da BG Group, da Petrobras, da Dell EMC, da General Electric, da Halliburton, da Shlumberger, da Siemens, da Superpesa, da Technip FMC, da Tenaris e da Vallourec.

Da ilha para o resto do mundo

Dos laboratórios do Centro de Inovação e Pesquisa da L’Oréal no Parque Tecnológico da UFRJ saíram produtos que ganharão o mundo. Na unidade, a gigante francesa do mercado de cosméticos também está desenvolvendo estudos com a participação dos próprios consumidores, para avaliar a percepção de seus produtos. Segundo a diretora de pesquisa e inovação da empresa no Brasil, Delphine Allard, o objetivo é criar opções adequadas ao público nacional, mas que também tenham potencial de serem comercializadas no mercado exterior.

“Para conseguir isso, estamos usando métodos e ferramentas de inovação de ponta provenientes da nossa rede mundial de pesquisa, tais como as técnicas usadas para explorar a estrutura da pele e dos cabelos, por exemplo. Além isso, usamos os protocolos de avaliação que incorporam dispositivos instrumentais de ponta (entre eles eles o Chromasphere, que mede os parâmetros da cor da pele, e os Atlas de Envelhecimento Cutâneo) e os métodos em design virtual de fórmulas para atingir rapidamente um benefício direcionado”,  relaciona a diretora.

A moderna infraestrutura do centro de pesquisa conta com ambientes preparados para receber consumidores em diferentes estudos, simulando , inclusive, suas rotinas habituais de beleza e higiene. Os cerca de cem pesquisadores da L’Oréal que atuam na unidade aproveitam a relação com o público para discutir suas impressões em grupos com objetivos específicos e desenvolver em conjunto novas soluções de beleza.

“Um dos produtos inovadores criados pela nossa área no Brasil e com previsão de lançamento mundial é o Elsève TR5 Cicatri Renov. Trata-se de um produto para os cabelos sem enxágue com tecnologia que sela os fios danificados das pontas às raízes graças à associação de silicone reativo com ceramida na fórmula. O produto, lançado recentemente no país, foi criado para atender às exigências dos cabelos brasileiros extremamente danificados e tem uma expansão mundial planejada para 2018”, revela Delphine.

No sentido contrário, o Fit Me Maybelline, maquiagem antibrilho da Maybelline, é um exemplo de uma inovação mundial da L’Oréal vinda de fora que foi adaptada pela equipe de pesquisadores brasileiros para o mercado nacional. Inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos para o público americano, a linha ganhou mais dez tonalidades para cobrir a alta diversidade de tons de pele brasileiros.

— Queremos dar um passo além na criação de produtos inovadores para consumidores brasileiros que são exigentes com os cuidados com os cabelos, a proteção solar e a higiene. Queremos que as nossas soluções inspirem o mundo e tornem relevante para os consumidores brasileiros e latino-americanos o que há de melhor entre as inovações globais da L’Oréal. E buscamos isso investindo no desenvolvimento local e na customização de tecnologias mundiais”, explica Delphine.

Fonte: O Globo

Os impactos da transformação digital nos negócios de higiene e beleza

Setor ocupa segunda posição em número de pedidos no e-commerce brasileiro.

O setor de saúde, cosméticos e perfumaria respondeu por 12,2% dos mais de 50 milhões de pedidos registrados no e-commerce brasileiro no primeiro semestre de 2017, perdendo apenas para moda e acessórios, que liderou o com 14,8%, segundo o relatório Webshopper, da Ebit.

O aumento no número de pedidos no e-commerce foi de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado, resultando num faturamento total de R$ 21 bilhões, 7,5% maior do que ao final do primeiro semestre de 2016.
O relatório também aponta que 25,5 milhões de consumidores realizaram ao menos uma compra por meios digitais no primeiro semestre, alta de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo que 35,9% dos pedidos foram feitos a partir de um smartphone.

Para não ficar para traz nessa corrida pelos consumidores online, a grande maioria das empresas do setor de higiene e beleza está investindo na transformação digital de seus negócios.

Conteúdo especializado
A loja online da Buona Vita já completou dois anos no ar. Segundo a diretora técnica Gisele Caramori, o processo de planejamento, criação e programação do site foi muito bem pensado, considerando as estratégias do mercado online. As principais inovações foram a maneira de apresentar um conteúdo técnico especializado para os profissionais da área e também o refinamento de pesquisa interna de produtos, desenvolvido para facilitar as buscas por meio de grupos distintos, como característica de pele, finalidade, tipo e área onde o produto será aplicado, podendo o usuário selecionar uma opção de cada área, resultando no produto que atende as suas necessidades.

Gisele conta que uma dificuldade foi acostumar o público a comprar online. “A Buona Vita tem quase 30 anos de mercado e anteriormente a essa ascensão digital, utilizávamos como canais de vendas, primordialmente, o setor comercial interno, feiras e eventos, além das nossas revendas que estão espalhadas pelo país todo. Por isso que uma das dificuldades foi trazer o público para esse novo segmento de venda”.

Outro obstáculo enfrentado pela Buona Vita é o consumidor enxergar o site como um canal de vendas “frio”, devido à diferença clara de interação entre uma compra online e uma compra presencial ou via telefone. “Diminuímos essa diferença utilizando uma ferramenta de chat, oferecendo um atendimento focado para cada cliente. Cada dificuldade encontrada é direcionada para um especialista capacitado para pronto atendimento”.

O maior diferencial em relação a outros e-commerces, segundo Gisele, é o fato de o portal ser um canal de informação confiável, atualizado e que abrange todo o público consumidor de cosméticos. “Nesta plataforma disponibilizamos novidades e informações por meio de um blog de notícias diversas do universo da estética e outro blog com conteúdo mais completo, protocolos, além de conteúdo científico”. A empresa também conta com uma área exclusiva para os profissionais de saúde estética, que oferece descontos, promoções e condições diferenciadas.

“Buscamos novos horizontes e estamos desenvolvendo pesquisas para promover a fidelização do cliente, a inclusão de nossos produtos em marketplaces e também a criação de um clube de assinaturas”, adianta.

Penetração nacional
Em razão da grande quantidade de produtos que a Acquaflora oferece, nem todas as lojas físicas conseguem disponibilizar a linha completa de cerca de 200 itens, como a loja online da marca, que está no ar há pouco mais de três meses. “Em nosso e-commerce o cliente pode comprar tudo o que é produzido pela Acquaflora, inclusive lançamentos em primeira mão. Estão disponíveis produtos específicos para queda e caspa, linha de tratamento e coloração, além de todos os nossos finalizadores”, destaca a gerente de marketing Carolina Wadt.

Outra vantagem apontada por Carolina é poder vender para todo o Brasil. “Acreditamos que só com esse modelo de negócio conseguiremos atender a demanda crescente por nossos produtos, principalmente em localidades onde não atuamos”, diz. Por outro lado, o prazo do frente ainda é a principal dificuldade. “Como nosso país é muito grande, mesmo com envio por Sedex, muitas vezes a entrega é demorada e isso gera insatisfação do cliente. Estamos avaliando novas formas de entrega”.

Nova plataforma
A Biozenthi, no último semestre, substituiu a plataforma de loja virtual por uma mais prática, fácil e com um design mais moderno. O biólogo Márcio Accordi, diretor da empresa, explica que a forma como os produtos são oferecidos e mostrados na loja mudou completamente. “Com a nova plataforma, conseguimos inserir mais imagens, ligar um produto em várias categorias correlatas, facilitando a pesquisa dos clientes e mostrando o produto mais vezes, conforme os critérios de pesquisa do cliente”.

Uma melhoria importante foi que o carrinho de compras passou a ter um novo layout, com melhor visualização dos itens, facilitando a compra e a tomada de decisão dos clientes. Outro ponto importante foi melhorar as formas de pagamentos. “Fizemos parcerias com algumas empresas para facilitar os pagamentos por meio de cartões e também para a geração de boletos, permitindo que os clientes optem pela forma de pagamento que mais lhe convir, de forma pratica e transparente”.

A empresa também investiu no atendimento ao cliente. “Nosso atendimento também é rápido e prático, seja por e-mail, telefone ou formulário de contato, onde respondemos aos clientes prontamente, sem a necessidade de passar por vários setores, simplificando o esclarecimento de dúvidas, sejam elas sobre os produtos ou sobre o processo de compra e também com o pós venda”.

Outra estratégia é trabalhar de forma mais intensa as mídias sociais, grupos e também o e-mail marketing, que ainda é uma das ferramentas que mais dá resultados para a Biozenthi, segundo Accordi, além dos comentários das mídias sociais, que têm se convertido em muitas vendas online, que já representam entre 15% e 20% do faturamento.

Opções de navegação
Bernadete Maria Coutinho, gerente comercial da Barba Urbana, lembra que quando a marca lançou o e-commerce, em 2015, a plataforma era muito simples, basicamente com vitrine e opção de pagamento. A mudança veio este ano, com a migração para plataforma mais robusta e versátil, na qual o consumidor tem inúmeras opções de navegação, gerando uma interação favorável com a empresa. “Exemplo disso é o acompanhamento do pedido, desde a compra até o recebimento da mercadoria. Tudo online”, ressalta.

“Com a melhoria da nossa plataforma, geramos um aumento de 300% no número de acessos em nosso site e, consequentemente, um aumento considerável em nossa receita do e-commerce”, comemora. Atualmente, segundo Bernadete, as vendas online já representam 30% do faturamento. Bernadete admite que ainda existem desafios, como conseguir melhorar os preços e os prazos de entrega. “Temos muita demanda do mercado externo, porém, com os altos custos logísticos e a demora na entrega do produto, a operação fica inviável. Não depende de nós. Quando o pedido entra em nosso sistema, ele é, no geral, liberado em 48 horas. A deficiência está na empresa que administra as entregas”, diz.

Venda humanizada
A transformação no e-commerce da Pharmapele começou em setembro de 2016, quando foram feitas mudanças na interface do site, favorecendo a arquitetura de navegação e implementando novas ferramentas para facilitar o cadastro e compra do cliente, inclusive na versão mobile, que já representa mais de 50% dos acessos dos clientes.

“O principal desafio do e-commerce de cosméticos é falta de oportunidade de o cliente sentir o toque sensorial e experimentar a fragrância dos produtos. Buscamos constantemente humanizar essa venda, para que o cliente sinta cada vez mais a sensação e certeza do que está comprando”, diz Mariana Saldanha, gerente de marketing da Pharmapele. Para oferecer uma melhor experiência de compra, a empresa produz uma série de vídeos explicativos e interativos que demonstram o efeito real dos produtos. “Os VTs são sucesso nas redes sociais e também no site e alavancaram a venda dos produtos relacionados”.

A Pharmapele também mantém um canal de chat com atendimento personalizado online para dúvidas e interações com o cliente. Outras ferramentas também são úteis, como o resgate do último carrinho de compras, o preenchimento automático do endereço cadastrado e do cartão de crédito.

“A expectativa é alcançar cada vez mais expressividade dentro do negócio. Queremos aprimorar cada vez mais nosso sistema operacional para sempre facilitar a vida do cliente, e conseguir quebrar a barreira do virtual com produtos que despertem cada vez mais o desejo dos consumidores”.

Segurança de dados
Para Fred Barata, diretor de novos projetos da Inoar, a maior preocupação era com a segurança da operação para o cliente. Com esse foco, a empresa buscou parceiros com maior confiabilidade do mercado para desenvolver nossa plataforma e executar a operação logística de forma precisa. “Esse cuidado se reflete em uma experiência de compra de altíssimo nível que aproxima ainda mais os clientes da marca, onde quer que eles estejam”.

As vendas online representam cerca 12% do faturamento da Inoar, resultantes principalmente de vários sites de vendas em operação no pais. “A perspectiva principal é que haja cada vez mais interação entre o consumidor e a marca, gerando conteúdo que agregue na percepção de qualidade dos produtos e alcance consumidores nos pontos mais remotos do país”.

Tendências digitais
Luiz D´elboux, gerente de marketing da HostGator, empresa de hospedagem de sites, avalia que segurança e privacidade nas transações financeiras são pontos sensíveis para todo segmento de e-commerce. “Certifique-se de que seu site possua recursos como o selo de segurança que identifica vulnerabilidades e protege o site de ameaças externas, além de adicionar sistemas que utilizam criptografia entre o servidor e navegador de acesso, como o SSL”, aconselha.

Não poder testar o produto antes da compra ainda configura um obstáculo no segmento de cosméticos. “Pensando em amenizar esse empecilho, alguns portais oferecem miniaturas de produtos como brindes, enviados juntamente ao produto que foi comprado”. O executivo aponta as principais inovações que as pequenas e médias empresas de cosméticos devem considerar em sua estratégia de negócios online.

Mobile First – Possuir um site com design pensado para dispositivos móveis é uma necessidade real. Na prática, porém, ainda existem e-commerces que não possuem uma versão exclusiva e pensada para smartphones e tablets. O resultado é uma experiência ruim para o usuário, alta taxa de rejeição e baixa conversão. Saiba mais aqui.
ChatBots – Utilizar chatbots para atendimento pode ser a oportunidade de escalar uma conversa e garantir uma experiência positiva para o usuário. O Gartner prevê que até o ano de 2020, 85% das interações com os consumidores será automatizada.

Automação de marketing – Maior produtividade do time, ganho de escala, e aumento no número de conversões são alguns dos benefícios em contar com a automatização de alguns processos de marketing através de softwares. Porém, antes, é necessário conhecer muito bem o perfil do seu cliente através de estudo e planejamento bem estruturados, além de mensurar e analisar dados constantemente.

Quanto aos marketplaces, portais que reúnem diversas lojas virtuais e costumam ser poderosos canais para propagar vendas, D´elboux indica buscar busca de opções focadas no mercado de cosméticos. “Mas avalie com cuidado as taxas de comissionamento antes de decidir por este canal”.

“Outra oportunidade são os comparadores de preço, sites que pesquisam e mostram ao usuário o produto de diferentes lojas online, aumentando sua visibilidade”, diz. Segundo o especialista, redes sociais e o e-mail marketing funcionam muito bem na distribuição do conteúdo e promoção de vendas, desde que direcionados ao público correto. “Identifique em quais redes o seu público está presente, e saiba o momento de oferecer o conteúdo certo para a pessoa certa”.

D´elboux destaca a experiência de compra como um fator importante. “Facilite o processo, solicite somente informações necessárias para o cadastro e seja objetivo. Processos de compra longos e exaustivos tendem a diminuir a taxa de conversão”. De acordo com o executivo, dados da Forrester Research mostram que 23% dos usuários desistem da compra mediante a necessidade de realizar um cadastro. “Seja transparente e deixe bem claro desde o início do processo quais serão os custos com frete, juros e taxas”.

A escolha de um bom servidor de hospedagem, segundo o executivo, também influencia diretamente no desempenho e velocidade de um e-commerce e, consequentemente, na experiência de compra do usuário. “Além disso, sites mais velozes são favorecidos pelo Google no que diz respeito ao ranqueamento no resultado de busca”.

Inbound marketing
Para Roberta Cipoloni Tiso, sócia das empresas Agência DPI, Buzz Strategy e Rellato Comunicação e Sustentabilidade, que conduziu o webinar O que é Inbound marketing e como começar com tudo!”, promovido pela Assespro-SP, o conceito de Inbound (expressão que sinteticamente pode ser entendida como “atrair”) surgiu em 2006, quando seus inventores, Brian Halligan e Dharmesh Shah, criaram uma inovação no marketing digital, fazendo com que os consumidores fossem despertados para o interesse em produtos.

Segundo Roberta, o Inbound marketing trabalha com três principais pilares: marketing de conteúdo, estratégias de mídias sociais e SEO (Search Engine Optimization) – uma forma de otimizar o posicionamento de sites em resultados orgânicos em mecanismos de busca, como Google. “Mas antes disso é preciso planejar. É necessário desenvolver uma estratégia e estudar profundamente os negócios da empresa”, alerta.

Uma das primeiras atividades realizadas no trabalho de Inbound marketing é a criação de um “mapa de empatia”, onde são traçados os perfis das “personas” que se pretende alcançar. Usando diversas ferramentas para entender o comportamento, realizar monitoramentos e traçar métricas do usuário, a metodologia de Inbound trabalha com diferentes soluções durante todo o processo da “jornada do comprador”, buscando levar ao cliente, acima de tudo, o maior nível de satisfação possível – a recomendação – processo também conhecido como o encantamento do cliente.

Multicanal ou omnichannel?
A Plusoft, maior fabricante brasileira de CRM e plataformas digitais de relacionamento, reforça que é necessário entender as diferenças entre ferramentas de relacionamento omnichannel e multicanal para uma atuação mais assertiva no atendimento ao cliente.

Muitas empresas possuem uma variedade extensa de canais de atendimento, como chat, SMS, e-mail, redes sociais, Apps e videoatendimento. Porém, eles não estão, necessariamente, interligados. O omnichannel vai além do multicanal e integra as informações do consumidor em todos os pontos de interação dele com a marca. O conceito é atender diferentes canais e condensar tudo em uma única ferramenta, transformando em uma só experiência e oferecendo o conteúdo informacional como a estratégia que a empresa quer passar.

“O omnichannel consegue passar segurança no conteúdo informacional e gasta menos tempo no suporte que é dado ao cliente e ao consultor. Outra vantagem é interagir com cada consumidor no canal de preferência dele e com a linguagem adequada a cada perfil de indivíduo. Os canais são separados, mas as informações estão unificadas, garantindo com que a empresa consiga tirar ótimos insights para a melhoria dos produtos e do processo”, explica Guilherme Porto, CEO da Plusoft.

“Quando a empresa fala para um público que compra tanto na loja virtual quanto na física e também por meio de consultoras, o omnichannel consegue suportar todas as dúvidas e informações nas várias ferramentas que estão condensadas na solução, passando de forma rápida as informações que os clientes necessitam”, ressalta Porto.

Fonte: FCE Cosmetique

Executiva da Divisão Cosmética Ativa da L’Oréal conquista prêmio da revista Forbes

Júlia Sève, diretora-geral de DCA, é a primeira profissional do mercado de dermocosmético a entrar na seleta lista do Forbes Powerfull Women 2017.

A revista Forbes é responsável por realizar todo ano o Forbes Powerfull Women, que reconhece mulheres as quais se destacam em diferentes segmentos. A lista de 2017 traz 40 selecionadas, entre elas, a diretora-geral da Divisão Cosmética Ativa da L’Oréal, Júlia Sève, que se torna a primeira profissional do mercado de dermocosmético a ganhar o prêmio, além de também conquistar um feito inédito para o grupo L’Oréal no Brasil.

Júlia comanda a divisão desde 2015 e tem uma história de sucesso no grupo, tendo ingressado na empresa pelo programa de trainee. Hoje, a diretora soma mais de 14 anos no grupo e está à frente de importantes marcas mundiais como as francesas La Roche-Posay e Vichy, que são líderes de mercado no Brasil, além da norte-americana SkinCeuticals.

Júlia Sève figura na lista ao lado de importantes nomes como a empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, fundadora e presidente do Mulheres do Brasil, a jornalista e apresentadora, Sonia Racy e Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank.

A seleção do Forbes Powerfull Women é realizada pelo publisher e redação da revista, baseada em pesquisa e acompanhamento do mercado ao longo do ano

Testes em animais: Como as novas tecnologias podem evitar?

Há cerca de dois anos uma notícia repercutiu em toda a imprensa nacional e tomou conta das postagens e comentários em diversas redes sociais: a invasão de ativistas dos direitos animais ao Instituto Royal, na cidade de São Roque, em São Paulo. O grupo resgatou no local animais que eram utilizados como cobaias para testes de medicamentos, incluindo cerca de 200 cachorros da raça Beagle. A ação gerou uma enorme repercussão no Brasil, com mais de 10 mil publicações em redes sociais, e atingiu também outros países, como aponta um estudo da agência Frog, que descobriu que 15% dos posts relacionados ao assunto eram de estrangeiros.

Este assunto voltou à tona no início deste ano, quando o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou a Lei 777/2013, que proíbe o uso de animais no desenvolvimento de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal. Mas é possível realizar estes testes sem o uso de (outros) animais?

Apesar de não ser possível extinguir por definitivo o uso de animais (nós e os outros) em todas as situações, etapas e contextos, há atualmente várias situações em que é possível substituir testes com animais por métodos alternativos, e ainda, no caso de uso inevitável uso de animais, adotar estratégias de minimizar o sofrimento ou o número de animais sacrificados. A avaliação de impurezas em medicamentos, agrotóxicos e cosméticos, por exemplo, envolve diretrizes e normas que preconizam exclusivamente o uso de modelos computacionais, com testes biológicos apenas em alguns casos envolvendo necessidades de estudos confirmatórios.

Temos exemplos em que o uso combinado de modelos in silico (uso de softwares e modelos computacionais) e in vitro (com culturas de células) podem evitar o teste in vivo com animais, como no caso da etapa de avaliação do potencial de sensibilização (verificação do potencial “alergênico”). O uso de ferramentas computacionais tem se tornado essencial também por tornar possível a busca de resultados de testes que podem ser sido feitos do outro do mundo, evitando novos testes desnecessários, como também, trazendo indicações do potencial de toxicidade através de simulações que podem tornar o uso de animais mais racional e direcionado.

Atualmente existe um conjunto de metodologias alternativas que podem ser utilizadas para realizar a avaliação de toxicidade de substâncias químicas, que podem ser classificadas segundo o tipo de organismo teste ou plataforma, como os ensaios in vivo, ex vivo, in vitro e in silico e, ainda, segundo o tempo de exposição ou desfechos toxicológicos. Estes testes alternativos fazem parte da filosofia conhecida como “3R philosophy”, que significa Substituição, Refinamento e Redução (Replacement, Refinement and Reduction) em relação aos testes com animais e que tem sido um fundamento na elaboração de políticas e regulamentações no sentindo de diminuir a utilização de animais em avaliações deste tipo.

Até chegarmos às fronteiras da ciência e discorrer sobre os modelos in silico, é importante resgatar um pouco da história dos métodos computacionais. Remetendo à história da química computacional e dos estudos QSAR (Relação Quantitativa entre Estrutura e Atividade), já na década de 40 o físico-químico americano Hammet fazia os primeiros avanços na área da físico-química orgânica. 73 anos depois, em 2013, os pesquisadores Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel receberam o prêmio Nobel de Química por criarem sistemas que conseguem prever reações químicas.

Com o conhecimento acumulado e avanços em informática, estatística, biologia, toxicologia e química computacional, possibilitaram a criação de interfaces e o surgimento de diversos modelos computacionais úteis para a avaliação do potencial de toxicidade de uma molécula pela sua estrutura química, sem o uso de animais e antes mesmo do processo de síntese (obtenção de sua forma física).

Os modelos in silico são importantíssimos neste contexto, em que tanto podem ser feitas triagens para a seleção de ingredientes com menor potencial de toxicidade e busca de dados de testes já realizados pela estrutura química, como também a combinação com outros métodos (ex: in vitro e in silico), que podem evitar testes desnecessários. O termo in silico refere-se a qualquer geração e/ou análise de dados executada através de computador ou simulação computacional, sem o uso de animais ou outras matrizes biológicas. Apesar da aparência de uma tecnologia nova, além do amplo histórico de aplicação dos modelos computacionais na descoberta de drogas, sua aplicação em toxicologia por diversas agências internacionais e a referência de uso, já data de décadas.

Estas ferramentas são importantes até mesmo para localizar substâncias similares que possam ter sido testadas em outros países, confirmação de números de identificação (CAS number, números de inventários e outros), usos e outros.

Segundo a IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry), a Toxicologia Computacional & In Silico é definida como a abordagem na qual são aplicados modelos computacionais e matemáticos para a predição de efeitos adversos e para o melhor entendimento dos mecanismos através dos quais determinada substância provoca o dano. A abordagem chamada ITS (Integrated Testing Strategies), por exemplo, visa combinar diferentes modelos na construção de evidências, tornando possível a racionalização de testes com animais e o aumento da confiabilidade pelo conjunto de resultados.

Existe então uma vantagem competitiva para empresas que se preocupam com sua imagem no mercado em relação a não utilização de animais em testes, já que a tecnologia pode promover o uso racional de animais e ainda minimizar custos com testes desnecessários. Prova disso é a pesquisa vencedora do Nobel, que aponta um grande passo para a área de química computacional. Assim, hoje já é possível para os laboratórios substituírem o uso de animais por análises em modelos computacionais isolados ou integrados a outras tecnologias, e por óbvio, a cultura de antes de tudo, mapear e adotar métodos in silico e alternativos aplicáveis para seus produtos, e só então, conduzir testes tradicionais de modo racional e custo-efetivo.

Fonte: Altox 

Sebastião Cunha e Gislene Attilio destacam as inovações da Dow na área de cosméticos e a preocupação com as Boas Práticas

O Portal 2A+ Cosmética entrevistou  Sebastião Cunha, líder da planta de Hortolândia (SP), e Gislene Attilio,  gerente de Marketing para Home & Personal Care para América Latina, ambos da Dow. Eles falaram sobre os ingredientes  multifuncionais inovadores desenvolvidos recentemente pela empresa, além de tecnologias que permitem que os clientes desenvolvam produtos que ofereçam sensorial mais agradável. Também destacaram  os cuidados nas áreas de produção para evitar a contaminação e os procedimentos da empresa para que os colaboradores da área produtiva estejam sempre atualizados quanto às Boas Práticas de Fabricação.

Confira.

Unidade Industrial da Dow em Hortolândia (SP)

Quais as tecnologias de última geração usadas para a produção das principais soluções?

Gislene Attilio: A Dow apresentou recentemente durante a in-cosmetics 2017 tecnologias inovadoras e soluções criadas com a integração entre a Dow e a Dow Corning. São tecnologias que permitem que os clientes desenvolvam produtos que ofereçam sensorial mais agradável, desempenho superior e multifuncionais, preparados para a vida moderna, além de ingredientes para elaboração de formatos diferentes das formulações convencionais já conhecidas.

A companhia fornece ingredientes multifuncionais para melhorar o desempenho dos produtos dos clientes e estão baseados em tendências que representam o futuro dos cuidados pessoais, com objetivo em oferecer uma experiência mais agradável   com foco no sensorial para atingir cada um dos sentidos do consumidor e ainda desenvolver texturas diferentes ao toque. Um exemplo de como o consumidor final consegue perceber as soluções da Dow é o grande uso de polímeros em formulações de cuidados com o cabelo e pele, proporcionando sensoriais únicos de textura, sensação de maciez na pele, espuma rica e cremosa, além de um toque agradável durante e após o uso.

O trabalho de pesquisa e inteligência ajuda a companhia a se manter sempre à frente das tendências dos consumidores modernos para criar soluções que atendam seus anseios. A Dow realiza testes e análises laboratoriais de formulações para ajudar os clientes a criar o melhor produto. Os ingredientes premium combinados com flexibilidade de formulação ajudam as marcas a se destacarem em aplicações de cuidados pessoais.

Os técnicos especialistas ajudam os clientes a desenvolverem formulações de alto valor que economizem recursos naturais, melhorem os processos de fabricação tornando-os mais limpos e eficientes e se comprometem com as prioridades de sustentabilidade de cada marca.

Quais os cuidados nas áreas de produção para evitar a contaminação, principalmente quanto à separação de áreas e qualidade do ar ambiente?

Sebastião Cunha: Os operadores de produção de áreas BPB utiliza, EPI’s específicos de forma a evitar contaminação, como luvas, sapato branco, avental, óculos, uniforme limpo, etc. As áreas produtivas possuem portas fechadas e acesso restrito. São realizadas limpezas periódicas da área conforme matriz pré-definida e a mesma é validada por meio de testes microbiológicos.

Quais os procedimentos da empresa para que os colaboradores da área produtiva estejam sempre atualizados quanto às Boas Práticas de Fabricação?  Quais as normas de BP são utilizadas e por qual motivo?

Sebastião Cunha: São realizados treinamentos periódicos para todos os operadores de áreas BPF. São seguidas as diretrizes da norma ISO 22176 – Boas Práticas de Fabricação – uma vez que essa é a norma seguida pelos principais clientes.

Quais os principais desafios/problemas que enfrentam a implantação das boas práticas na produção e quais as soluções adotadas?

Sebastião Cunha: O maior desafio do programa de BPF é se manter sempre em alerta, buscando a melhoria contínua dos processos. Por esse motivo, é de extrema importância que sejam realizadas auditorias regulares do processo bem como benchmarking com outras empresas que também possuem o programa BPF. Os clientes da Dow realizam auditorias periódicas dos processos como forma de monitoramento de melhoria contínua.

A empresa utiliza consultoria de terceiros nessa área? Qual e por quê?

Sebastião Cunha: Consultorias são fornecidas sempre que necessário. Conforme citado anteriormente, nossos processos são auditados periodicamente por nossos principais clientes.

De que forma a Dow está estruturada para se alinhar as suas metas de sustentabilidade? 

Gislene Attilio: Alinhadas às suas Metas de Sustentabilidade para 2025, as formulações desenvolvidas pela Dow para a indústria de cosméticos permitem otimizar recursos, garantir processos de manufatura mais eficientes e limpos, e atender às tendências sustentáveis do mercado. Nesse sentido, a Dow está estrategicamente posicionada para assegurar o desenvolvimento de soluções que permitam novas aplicações ou que aprimorem funcionalidades nesse mercado. Atualmente, 96% dos produtos manufaturados possuem química, o que torna as empresas desse segmento essenciais para a construção de uma sociedade mais sustentável.

Para desenvolver soluções que proporcionem a sustentabilidade econômica, social e ambiental, a Dow utiliza análises de ciclo de vida ao longo da cadeia produtiva, avaliando a produção, formulação, uso, transporte e descarte de seus produtos, de forma a permitir a seus clientes inovar em produtos que enderecem os principais desafios globais.

A estratégia da Dow para a América Latina é um desdobramento das metas globais de sustentabilidade para 2025, em que a empresa busca oportunidades de colaboração para avançar o progresso social e ambiental.

Nesse contexto, a Dow identificou, na América Latina, quatro principais mercados de alto crescimento em que pode colaborar com seus parceiros por meio da ciência e ajudar a construir um futuro melhor. Um desses mercados é o de consumo, acompanhando a tendência de mudança no comportamento do consumidor focada na demanda por uma atuação mais responsável, ética e transparente por parte dos produtos que consomem. Nesse cenário, as marcas têm cada vez mais buscado desenvolver produtos que atendam a estas necessidades e expectativas de seus clientes. Partindo dessa premissa, a Dow mapeou, em conjunto com diversos stakeholders, as principais necessidades do consumidor do futuro. As que identificamos foram: bem-estar, mobilidade, conectividade e praticidade. Diante desse cenário, o objetivo da Dow é prover aos clientes e consumidores finais soluções melhores, mais sustentáveis e produtivas.

Imagens da participação da Dow na in-cosmetics  2017 (protótipos das tendências):

Indústria do Interior investe em cosméticos e suplementos

“Uma história construída de bons pensamentos nos levam a grandes conquistas e vitórias”. A frase na parede do escritório da indústria de cosméticos e saúde Flora Pura, na zona rural deste município, na região Centro-Sul do Ceará, nos remete à pequena cidade de Cariús e a 1949, quando surgiu o empreendimento comercial que seria origem de uma das maiores empresas do Interior cearense do setor de beleza, que dribla a crise e projeta crescimento de 35% para 2018. A Flora Pura nasceu pequena, a partir de uma farmácia de manipulação fundada pelo farmacêutico Jonas Oliveira Lopes, em 1949. Ao longo de 68 anos, a enfrentou percalços, continuou com o filho e técnico em Farmácia, Jourdan Alencar, e atualmente amplia seus negócios com o neto, Jonas Oliveira.

Há duas plantas industriais. Na cidade de Cariús, a produção é voltada para xaropes e suplementos alimentares. Em Iguatu, é a maior, onde está instalada a linha de produtos de beleza. As duas fábricas geram 70 empregos diretos, produzem cerca de 25 mil unidades por dia e têm um leque de 264 itens (cosméticos, sabonetes, hidratantes, colônias, perfumes, batom, gel para massagem, encapsulados e suplementos). Dispõe de 150 distribuidores e mais de seis mil vendedores autônomos.

Em 2016, inovou e criou o Empório Flora Pura, um projeto de parceria com empreendedores varejistas. Já são dez lojas instaladas e mais cinco serão abertas até o fim deste ano. “Estamos confiantes e acreditando na expansão dos negócios”, disse a diretora de desenvolvimento da empresa, Isnaênia Monteiro.

O mercado de beleza é um dos segmentos mais fortes da economia brasileira, registrou expansão a partir da segunda metade dos anos de 1990 e continuou em alta na primeira década do atual século. Em 2015, veio a crise econômica e o setor sofreu retração e teve de se adaptar às mudanças cíclicas. Foi a primeira queda em 23 anos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.

A busca por produtos de preço mais acessível favorece a Flora Pura, que oferece diversidade e qualidade, em comparação com marcas tradicionais. Instalada em 2009, a empresa vivencia uma rápida expansão, reconhecimento dos consumidores e se expande no mercado nacional. “Já estamos presentes em outros Estados”, comemora o empresário Jonas Oliveira. “A demanda por nossos produtos é crescente e há boa aceitação em outras regiões do País”.

Implantação

O empresário Jonas Oliveira Lopes Neto apostou no segmento de beleza e de suplementos. Construiu, em 2008, a fábrica à margem da rodovia CE-375, entre Iguatu e Jucás. Adquiriu equipamentos, treinou funcionários, obteve reconhecimento dos órgãos de fiscalização, autorizações ministeriais e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A ideia deu certo. “Neste ano, vamos crescer 32%. Para o próximo ano, temos novos lançamentos e uma expectativa de crescimento de 35%”, disse Jonas Oliveira. Em 2018, a empresa deve começar a produzir uma nova linha de alimentos – chás, farinhas, granulados e compostos de mel de abelha. Foi lançada recentemente, a linha Organic, que oferece kit com xampu, condicionador, máscara, óleo e reparador de pontas de cabelo. “Para o próximo ano, teremos mais novidades”, anuncia o empresário.

Atualmente, a indústria Flora Pura dispõe de 150 distribuidores, nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste e mais de seis mil vendedores autônomos, além de 12 carretas para entrega dos produtos e transporte da matéria prima, cuja maior parte é adquirida em São Paulo.

Os números são favoráveis e, em comparação com o início da empresa. O empreendimento começou com meia dúzia de funcionários, uma variedade de 17 itens e uma produção mensal de 20 mil unidades. “Vamos chegar a 2018 com mais de 80 funcionários, 300 itens e uma produção média mensal superior a 600 mil unidades”, prevê Jonas Oliveira.

A empresa tem capacidade instalada de produção de 1,5 milhão de unidades por mês. “Temos automação, mas preferimos manter um maior número de funcionários como forma de contribuir socialmente para a geração de emprego”, frisou Jonas Oliveira. Apesar de a indústria permanecer instalada no município de Iguatu, a maioria dos operários é de moradores da cidade de Cariús, e faz o percurso diário de 20Km em ônibus da empresa.

“Temos uma equipe que trabalha as propostas e define as sugestões dos novos produtos”, pontuou Jonas Oliveira. “O nosso sonho é trabalhar três turnos e chegar a 400 empregos diretos”, destacou.

Fonte: Diário do Nordeste

Indústria 4.0, ‘Digitização’, Internet das Coisas e a 4ª Revolução Industrial

Por Jair Calixto*

Recentemente temos visto proliferar uma quantidade grande de artigos e matérias, em revistas técnicas especializadas e na internet, a respeito de temas ligados à tecnologia da informação e, alguns destes termos têm chamado a atenção pela novidade e ineditismo, como Indústria 4.0, Digitização, Internet das Coisas e 4ª Revolução Industrial.

Mas o que significam estes termos e o que eles têm a ver com a indústria farmacêutica? Qual o ineditismo disso?
Em primeiro lugar temos que buscar as definições de cada um deles para, posteriormente, situá-los no contexto das atividades industriais e na nossa vida cotidiana.

Comecemos com Internet das Coisas (IoT). Segundo o conhecimento difundido atualmente, é o emprego da internet como plataforma de inter­câmbio de informações, permitindo a comunicação entre um número ilimitado de dispositivos, dando origem ao que se convencionou chamar Internet das Coisas, ou IoT, na sigla em inglês. Em resumo é a incorporação de serviços digitais nos produtos (Product Service Systems).

Uma outra definição encontrada no Wikipedia*, diz o seguinte: Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things) é uma revolução tecnológica a fim de conectar aparelhos eletrônicos do dia-a-dia, como aparelhos eletrodomésticos a máquinas industriais e meios de transporte à Internet, cujo desenvolvimento depende da inovação técnica dinâmica em campos tão importantes como os sensores wireless e a nanotecnologia.

*Conforme apresentado em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_das_Coisas.

Indústria 4.0 é a incorporação, em alta velocidade, da digitalização às atividades industriais, automatizando tarefas e serviços, antes realizados manualmente.  O controle da produção ocorre com o uso de sensores e equipamentos conectados em rede e com o uso de sistemas. É a 4ª Revolução Industrial.

Digitização**. Você não está lendo uma palavra digitada erroneamente. Não é digitação, mas di-gi-ti-za-ção. São serviços que tiram partido do contexto, da rede e dos dados para darem resposta rápida às necessidades dos consumidores. Uber, Hyp, Airbnb, Crowdmed, Coursera, Peadpod são alguns dos exemplos da digitização em curso.

** Conforme apresentado na seguinte referência: http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2015-06-10-Digitizacao-vem-ai-um-admiravel-mundo-novo.-Outra-vez.

A digitização é a consequência imediata da Internet das Coisas, convertendo na virtualização de muitos dos serviços e atividades providas atualmente em meio físico.

Esta nova visão das tecnologias disponíveis no mundo atual prevê a integração entre:

– sistemas com qualquer máquina/equipamento (“coisas”),

– sistemas com as pessoas e

– sistemas com outros sistemas.

É uma integração de processos, sistemas, dados e pessoas. Neste modelo as pessoas possuem mais poder de decisão sobre a utilização de determinados serviços. É quase que uma apropriação da atividade exercida por terceiros. Conclui-se, obviamente, que os processos e atividades não automáticos serão automatizados também e de maneira muito veloz!

O que se convencionou chamar de Internet das coisas é a conexão de sistemas de tecnologias digitais com aparelhos, máquinas e equipamentos ligados à internet.

O benefício desta concepção é a automatização e digitização de processos e atividades, provendo-os de agilidade e velocidade na apresentação de resultados.

Figura 1 – Integração entre “coisas”, sistemas, pessoas.

Aplicações

Quais são as aplicações destas “novidades” no mundo real?

Sempre que uma ideia inovadora é posta em discussão, logo surgem as descrenças e dúvidas. Mas as pessoas demoram a perceber o avanço das tecnologias extremamente inovadoras. Quando elas desapontam, causam espanto generalizado. O gráfico abaixo mostra o ciclo de aplicação de uma nova tecnologia e sua percepção/adoção pelas pessoas.

 

Gráfico 1- Percepção das pessoas em relação à entrada de uma nova tecnologia. Ref.: Gustavo Caetano⁵

Sempre quando uma tecnologia extremamente inovadora aparece, permeiam as discussões o questionamento da real aplicabilidade destes conceitos novos para a realidade das empresas e isto é natural, pois ninguém quer ter seu status quo, sua rotina ou área de conforto, alterados. A mudança assusta as pessoas. Porém, algumas dessas inovações já são concretas (estão em acelerado processo de implantação), já estão desenvolvidas ou estão em franco desenvolvimento. São exemplos desta nova realidade:

– Os Softwares-Aplicativos, que tendem a acelerar sua utilização,

– A Inteligência Artificial,

– Os Veículos Autônomos – já em testes,

– Os Veículos Elétricos – já em uso,

– Alta Tecnologia Digital em Equipamentos Médicos – já em testes,

– Impressora 3D – já em uso e com potencial de aperfeiçoamento acelerado.

A IoT e a digitização em massa devem ser os conceitos centrais da nova revolução industrial, a Indústria 4.0. Sua base é conectar os equipamentos, máquinas, objetos, sistemas, dados e pessoas, integrando-os em uma rede, cuja finalidade é aperfeiçoar e acelerar serviços e atividades, proporcionando:

  •   maior velocidade na realização de tarefas,
  •   maior confiabilidade,
  •   maior agilidade na troca de informações,
  •   maior conhecimento do processo,
  •   maior capacidade de realização de tarefas,
  •   execução de tarefas complexas e demoradas,
  •   substituição de trabalhos manuais,
  •   maior segurança,
  •   aumento da produtividade,
  •   processos mais enxutos,
  •   substituição de processo custosos e demorados e
  •   oferta de produtos mais baratos.

Um dos exemplos dessas aplicações, mencionadas acima, é o projeto DHL/CISCO³, onde as empilhadeiras, as caixas de produtos, esteiras, máquinas e sistemas de controle de temperatura estão conectados fornecendo informações sobre segurança, qualidade, ambiente (temperatura e umidade), operação e movimentação dentro do armazém.

Figura 2- Integração dos meios de produção; conexão entre os equipamentos, máquinas, objetos, sistemas, dados e pessoas, integrando-os em uma rede de informações e dados.

Neste novo cenário, é de se prever que, tarefas repetitivas e que não incorporam valor ao trabalho e ao negócio da empresa tendem a ser substituídas, dando lugar à automatização de processos e atividades.

Assim, os softwares, bem como os aplicativos, cuja utilização está em expansão, desempenham um papel crucial e seu desenvolvimento acelerado evoluirá para campos onde nunca se pensou que estes sistemas poderiam atuar. Mas não é apenas isso. Para completar este modelo de desenvolvimento da chamada Indústria 4.0, são necessários sensores, de todos os tipos e para todas as aplicações. Aqui está o foco desta inovação: sensores.

Com o desenvolvimento de sensores para as mais diversas aplicações, é possível pensarmos em qualquer sistema, para qualquer processo, serviço ou atividade. Um exemplo disso é o software da IBM chamado WATSON, que é capaz de análises jurídicas com grande precisão.

Mas por que os sensores são tão importantes? Por que eles representam a tecnologia de aquisição de dados que os sistemas utilizarão para desempenhar seu papel nos mais diversos campos do conhecimento.

Como exemplo, podemos citar um avanço dos equipamentos médicos:

Atualmente, para se avaliar os parâmetros sanguíneos de uma pessoa, deve-se:

(1)   Agendar com o laboratório clínico;

(2)   Ir ao laboratório na data marcada;

(3)   Ser submetido à coleta de sangue;

(4)   Fazer análise, com testes específicos, deste sangue, para cada parâmetro que se quer (Glicose, colesterol, ácido úrico, triglicérides, etc.).

(5)   Aguardar alguns dias;

(6)   Buscar o resultado ou conseguir pela internet;

(7)   Levar ao médico na próxima consulta e obter o diagnóstico.

Quanto tempo terá se passado até que o paciente saiba do diagnóstico médico? Vinte dias, trinta dias? Por volta disso.

Agora imagine o seguinte:

Um equipamento com sensores nanotecnológicos colocados em pontos específicos do corpo, sobre a pele, que analisa o sangue e emite o resultado em questão de minutos, no próprio consultório médico.

Imagine a diferença de tempo!

Alguns produtos básicos já são conhecidos, como as pulseiras Fitbit, Microsoft Band, Nike FuelBand. O uso na saúde é uma das milhares de aplicações possíveis da IoT!

Indústria Farmacêutica

E quais as perspectivas de utilização deste conceito na indústria farmacêutica? Podemos sonhar com algo assim? Minha resposta é: com certeza! Nenhum setor industrial estará fora deste circuito. Em muitas atividades, dentro da área industrial, será possível identificar uma potencial mudança evolutiva e uma aplicação digital, conforme já falamos anteriormente. Podemos iniciar pela área fabril, mais precisamente na produção:

(1)  PAT. Os avanços do process analytical technology ainda caminham timidamente, muito por conta da insegurança e do status quo existente. Mas os conceitos do PAT têm um forte potencial de aplicabilidade na indústria farmacêutica. Ele é o exemplo mais claro e concreto com possibilidade de uso do IoT na indústria farmacêutica. Ele prevê a transferência de análises de Controle de Qualidade para as linhas de produção, online/inline, por meio de equipamentos analisadores adequados. O mais comum deles atualmente é o NIR (Infravermelho próximo). Com o PAT, a economia de tempo de processo será bastante significativa. Análises de teor, pH, testes de identificação, umidade, poderão ser realizados no momento em que a produção ocorre, de modo que o produto poderá ser liberado imediatamente após sua finalização na linha de embalagem. Estas informações poderão ser coletadas por um sistema central, armazenando as informações diretamente na pasta do produto. Como os custos de produção diminuirão, consequentemente, os preços dos medicamentos tenderão a baixar, beneficiando toda a sociedade.

Figura 3 – Simulação da aplicação do PAT em linha de produção.

(2)  MES. Atualmente é utilizado o Manufacturing Execution Systems, termo usado para designar os sistemas focados no gerenciamento das atividades de produção e que estabelecem uma ligação direta entre o planejamento de produção (ERP) e o chão de fábrica. Os sistemas MES geram informações em tempo real que promovem a otimização de todas as etapas da produção. O MES pode importar dados de um sistema ERP, parâmetros para a produção, armazenar tempos de operação (por operador), tempos de máquinas, componentes usados, material desperdiçado, pode armazenar dados de qualidade (inspeções, check lists e não conformidades), análise de métricas e desempenho da produção, controle estatístico do processo (CEP) e de indicadores de capacidade (Cp, Cpk), entre outras atividades. Assim, os equipamentos do PAT podem estar conectados ao MES, fornecendo uma gama infindável de informações. Por sua vez, o MES poderá estar conectado a um sistema central – Big Data Analytics-, concentrando todas as informações de cada produto, de modo a gerenciar sua aprovação e liberação para distribuição ao mercado e outras decisões gerenciais.

(3) Dados de Controle de Qualidade.  Dados obtidos de softwares específicos do Controle de Qualidade e da Garantia da Qualidade, por exemplo o LIMS, poderão ser transferidos para um Sistema Central (Big Data Analytics) que avaliará os dados e gerenciará a aprovação e liberação do produto para comercialização.

(4)  Tecnologias de Controle de Qualidade. O desenvolvimento nesta área tende a ser exponencial nos próximos. Em que pese a necessidade de controle regulatório, entendo que, muitas das tecnologias evoluirão para propiciar análises em tempo real, com menor consumo de reagentes, mão de obra, recursos em geral, reduzindo o lead-time de produção e os estoques de materiais, bem como outros sistemas que podem ser desenvolvidos para automatizar processos e atividades manuais desempenhadas no controle de qualidade e garantia de qualidade atualmente, como, por exemplo, investigação de desvios, controle de mudanças, análise de riscos, auditorias, validações, entre outras atividades manuais. Todas estas atividades poderão se integrar em um sistema central, conforme já mencionado anteriormente, acelerando o processo de tomada de decisão e fortalecendo a segurança da qualidade.

Conclusões

O tema é ainda bastante complexo de entender, mas com as aplicações sendo postas ao público e às empresas, a compreensão das pessoas sobre o que é Internet das Coisas se tornará cada vez mais clara em um futuro muito breve. Sua aplicação e uso, na indústria farmacêutica é, a meu ver, muito desejável, pois a indústria farmacêutica tem baixo grau de inovação e automação quando comparada a outros setores da economia.

Os avanços que poderão ser incrementados ao setor farão a indústria mudar de patamar em termos de produtividade e qualidade de serviços, adquirindo um nível tecnológico bastante expressivo, aumentando a segurança dos processos, reduzindo lead-times, aumentando a produtividade, aumentando a segurança para o paciente e, o melhor de tudo, reduzindo preços de medicamentos.

Referências

As referências abaixo foram utilizadas como base para a redação deste artigo.

1 Udo Gollub. A 4ª Revolução Industrial já está acontecendo -.http://www.profissaoatitude.com.br/Blog/Post/8058926.

2 Ahmed, Shahid; Chitkara, Raman. The Industrial Internet of Things. PWC, 2016.

3 Macaulay, James; Buckalew, Lauren, Chung, GinaInternet of Things in LogisticsA collaborative report by DHL and Cisco on implications and use cases for the logistics industry. 2015, Troisdorf, Germany.

4 Sondagem EspecialIndústria 4.0: novo desafio para a indústria brasileira. Publicação CNI, Ano 17, Número 2, Abril de 2016.

5 Gustavo Caetano12 coisas que você precisa saber sobre o futuro da tecnologia. Disponível emhttp://slides.com/gustavocaetano/12-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-futuro-da-tecnologia#/5, acessado em 16.07.2016.

6 WikipediaInternet das coisashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_das_Coisas. Acessado em 16.07.2016.

7 Revista Exame. Digitização. Vem aí um admirável mundo novo. Outra vez.

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2015-06-10-Digitizacao-vem-ai-um-admiravel-mundo-novo.-Outra-vez. Acessado em 16.07.2016.

*Jair Calixto é Farmacêutico-Bioquímico graduado pela USP e atualmente de  Gerente de Boas Práticas e Auditorias Farmacêuticas do Sindusfarma.  E-mail:  [email protected].

SensAmone P5: Ativo calmante para conforto imediato da pele sensível

Um novo ingrediente ativo inspirado pela natureza debaixo do mar 

Na busca interminável de novas fontes interessantes de ingredientes ativos, grande parte da atenção nos dias de hoje mudou para ingredientes de origem marinha. Um grande número de espécies marinhas ainda não foi extensivamente estudado. Isto faz novas descobertas que propõem efeitos benéficos para nossa pele, altamente interessantes para a indústria de cosméticos. Um dos habitantes fascinantes do mar é a anêmona do mar, conhecida por muitos como o abrigo dos peixes palhaço. Um fato menos conhecido é que, como a anêmona do mar é macia e vulnerável, produz um veneno para se proteger de predadores e também para imobilizar presas. Recentemente, os cientistas descobriram que uma proteína componente do veneno da anêmona do mar Heteractis crispa é um potente inibidor do receptor da dor TRPV1, que oferece uma abordagem interessante para a pele sensível.

TRPV1, receptor da dor é hiperativo em peles sensíveis

O receptor TRPV1 é responsável pela transmissão da sensação de dor ao entrar em contato com calor, produtos químicos e ácidos. Está presente em nossa pele, pois esta é a primeira barreira que encontra estresse ambiental. Embora a atividade do receptor seja importante para nos proteger de danos, como reagir com a dor e retirar a mão ao tocar uma superfície quente, uma hiperatividade pode ser prejudicial também. A pele sensível é especialmente caracterizada por um receptor de dor hiper-reativa que se manifesta como a pele que se sente muito apertado, coceira e até mesmo queima – mesmo que não existem influências nocivas sobre a pele. Além de ser responsável pelo desconforto da pele, o receptor TRPV1 também está envolvido no envelhecimento da pele. Em pele fotoenvelhecida, o TRPV1 é frequentemente super expresso.

Além disso, a ativação constante de TRPV1, por exemplo por radiação térmica e infravermelha, leva à regulação positiva de enzimas que destroem o colágeno na pele, o que pode levar ao envelhecimento prematuro da pele. Portanto, a solução é reduzir a ativação de TRPV1 em pele sensível a níveis normais para fortalecer o nível de tolerância e reduzir a sensação desconfortável da pele.

SensAmone P5 – Uma solução para a pele sensível derivada do veneno de anêmona do mar

A proteína de anêmona do mar acima mencionada é uma candidata perfeito para ajudar a reduzir a sensibilidade da pele inibindo uma reação excessiva do receptor de dor TRPV1. No entanto, a proteína de comprimento total é instável e muito grande para penetrar na pele, e colhê-lo de veneno de anêmona do mar não é viável para aplicações cosméticas. Deste modo, um peptídeo de cinco aminoácidos foi concebido pela Mibelle Biochemistry em colaboração com o Instituto Venomtech do Reino Unido, que são especialistas na descoberta de fármacos venosos. Este pentapeptídeo contém o local de ligação ao receptor TRPV1 ativo da proteína da anêmona do mar. Outra vantagem é a sustentabilidade através da produção sintética do peptídeo que não requer o uso de anêmonas do mar.

Para assegurar ainda mais estabilidade e biodisponibilidade, o pentapeptídeo foi incorporado num sistema de suporte de esfera macia baseado em manteiga de karité.

O novo ingrediente cosmético resultante, SenSamone P5 (INCI: Pentapeptide-59 (and) Hydrogenated Lecithin (and) Butyrospermum Parkii (Shea) Butter (and) Phenethyl Alcohol (and) Ethylhexylglycerin (and) Maltodextrin (and) Aqua/Water) é uma solução para aliviar a pele sensível e irritada.

Eficiente inibição do receptor de TRPV1 

A capacidade de SensAmone P5 em inibir a ativação do receptor TRPV1 foi analisada em células CHO que expressam os receptores TRPV1 de uma forma estável. As células foram irritadas com capsaicina, que é um ativador de TRPV1, quer na presença ou ausência do pentapeptídeo da anêmona do mar (pentapeptide-59, RRRFV). O tratamento com a proteína de comprimento total anêmona de mar APHC1 na mesma concentração molecular foi utilizada como controle positivo. Os resultados mostraram que o tratamento com o pentapeptídeo inibiu a ativação do receptor TRPV1 em 80%, enquanto que o APHC1 de comprimento total, inibiu a ativação do receptor TRPV1 em 25%. Portanto, o peptídeo de anêmona do mar de cinco aminoácidos exibe ainda melhores propriedades de inibição de TRPV1 do que a proteína de comprimento total.


SensAmone P5 reduz instantaneamente a reatividade da pele após uma única aplicação

Num estudo duplo cego, controlado com placebo, 31 voluntários (mulheres, idade média de 47 anos) com creme aplicado em pele sensível com 2% de SensAmone P5 ou o placebo correspondente de cada lado da face. O limiar de percepção atual (CPT) foi medido usando um Neurometer duas horas após uma única aplicação e em comparação com o CPT inicial antes da aplicação. O Neurometer aplica um estímulo elétrico à pele em diferentes frequências (250Hz e 5Hz) para atingir diferentes células nervosas sensoriais. O CPT é então determinado como a quantidade de estímulo elétrico necessário para que seja sentida pelo voluntário. Como resultado, quanto maior o valor de CPT, significa que maior estímulo elétrico é necessário para ser sentida pelo voluntário, logo, menos reativa é a pele.

Uma única aplicação de 2% de SensAmone P5 aumentou significativamente o CPT da pele e reduziu assim a reatividade da pele.

Redução a longo prazo da sensibilidade cutânea com SensAmone P5

Para além do efeito calmante da pele a curto prazo do SensAmone P5, foi também investigado um efeito a longo prazo na redução da sensibilidade cutânea. Para isso, foi realizado um estudo clínico duplo cego placebo-controlado em que 31 voluntários (mulheres, idade média de 47 anos) com pele sensível, aplicaram um creme com 2% de SensAmone P5 ou o placebo correspondente de cada lado do seu rosto, duas vezes por dia durante num período de 28 dias.

Para medir a sensibilidade da pele, realizou-se um teste de sensibilização com ácido láctico aplicando uma solução aquosa de ácido láctico a 5% na dobra nasolabial e avaliando as sensações de queimação, ardor e coceira numa escala de quatro pontos a intervalos de um minuto durante um período total de nove minutos.

O tratamento com SensAmone P5 reduziu significativamente a sensibilidade da pele em mais de 26%. Portanto, SensAmone P5 pode ajudar a proteger a pele sensível de reagir exageradamente a estímulos ambientais.

SensAmone P5 é um inovador ativo cosmético inspirado pelo veneno da anêmona do mar e realizado pela ciência através da concepção de um pentapeptídeo em um sistema de entrega baseado em manteiga de Karité. SensAmone P5 reduz a sensibilidade e reatividade da pele inibindo a ativação do receptor da dor TRPV1 presente na pele. O resultado é uma pele suave e calma que é mais resistente ao estresse ambiental.

Texto Original: Mibelle Biochemistry
Tradução e Adaptação: Amanda Omodei, MKT Técnico, Focus Química
Publicação Original: Preview in-cosmetics London – Fev/2017.

Grupo Boticário é a Empresa do Ano no Prêmio ABIHPEC Beleza Brasil 2017

A tecnologia inovadora Pele 3D, desenvolvida como alternativa para testes de produtos cosméticos deu ao Grupo Boticário o título de Empresa do Ano no Prêmio ABIHPEC Beleza Brasil 2017, o reconhecimento mais importante do setor de cosméticos, perfumaria e cuidados pessoais no Brasil. A cerimônia de premiação aconteceu nesta terça-feira (23), em São Paulo, e reuniu as maiores empresas e profissionais do mercado de beleza.

“Enquanto o mundo ainda busca alternativas para deixar de fazer testes em animais, o Grupo Boticário extinguiu esse modelo há 17 anos e investiu nas mais avançadas tecnologias para testes de produtos cosméticos”, como a Pele 3D, comentou o Gerente de Pesquisa Biomolecular do Grupo Boticário, Márcio Lorencini.

A tecnologia Pele 3D começou a ser desenvolvida pelo Centro de P&D da empresa em 2009 e os primeiros produtos testados a partir desta tecnologia chegaram ao mercado em 2014. Além de colaborar com o desenvolvimento sustentável da sociedade, a inovação contribui com a eficácia e qualidade de todos os produtos das marcas O Boticário; Eudora, quem disse, Berenice? e The Beauty Box. “O projeto Pele 3D representa uma cultura de inovação que está presente desde o desenvolvimento do produto até a relação da empresa com o consumidor e a sociedade em geral”, finaliza Lorencini.

Além da conquista do Grupo como Empresa do Ano, a fragrância My Lily eau de parfum, da marca O Boticário, também foi vencedora na categoria Perfumaria Feminina.

Se quiser saber sobre as tecnologias inovadoras do Grupo Boticário, acompanhe nossas novidades em nossos canais (Instagram e Linkedin).

Saiba mais sobre a Pele 3D: