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Beleza sustentável: escolhas que fazem bem para o corpo e para o planeta

Por Anne Sato*

Você olha o rótulo do shampoo ou do hidratante para a pele na hora de decidir pela compra? Faz a comparação entre as marcas e tipos olhando critérios de sustentabilidade, de produção responsável, por exemplo? Os dados de mercado mais recentes mostram que a escolha por produtos sustentáveis e a maior consciência sobre o impacto das escolhas de consumo é crescente. A venda de produtos com impacto positivo no meio ambiente registrou um aumento de 40% no Brasil, de 2022 para 2023, de acordo com o estudo que analisou dados da plataforma Mercado Livre. O Índice do Setor de Sustentabilidade 2023 da Kantar revela que 56% dos brasileiros entrevistados disseram ter parado de adquirir produtos e serviços de empresas que não investem em sustentabilidade ou impactam o planeta de forma negativa.

Esse movimento se repete no setor de cuidados pessoais, com o aumento do consumo de produtos que não contém ingredientes ou componentes que prejudicam a saúde humana ou o meio ambiente, baseados na natureza, de fontes renováveis, com rótulos ecológicos e benefícios verificáveis, compondo a tendência da beleza sustentável. De acordo com uma pesquisa da Nielsen, a venda de produtos para hábitos e atitudes sustentáveis já concentram 18,2% do setor de Higiene & Beleza, mudança de comportamento que se acentuou com a pandemia de Covid-19.

​​A sustentabilidade começa na fonte das matérias-primas e permeia toda a cadeia de valor. Há na BASF, por exemplo, uma série de iniciativas que seguem princípios rigorosos de sustentabilidade, conservação de recursos, bem como o desenvolvimento de cadeia de suprimentos social e ambientalmente responsável. Assim, é possível levar aos consumidores ingredientes de alto desempenho sem abrir mão da sustentabilidade, é o caso do programa Rambutan, e óleo de palma e de coco, todos certificados por sua origem natural e responsabilidade socioambiental.

Quando falamos de ingredientes naturais, o upcycling – que é a utilização de resíduos que seriam descartados e entram na produção de ingredientes nobres – será provavelmente o futuro dos ingredientes vegetais. É com upcycling que desenvolvemos 3 bioativos derivados da superfruta Rambutan: que é parte de uma cadeia de fornecimento sustentável, como comentei acima. O primeiro ativo é derivado da folha e é capaz de rejuvenescer a pele madura, reduzindo visivelmente a aparência de sinais, além de melhorar a elasticidade. Já o segundo é oriundo da casca de seu fruto, capaz de hidratar a sua pele ao nível celular, trazendo uma hidratação de dentro para fora. E o último, proveniente da polpa, possui atividade no controle do mau odor capilar e energização do bulbo capilar.

A Inteligência Artificial também nos apoiou na seleção de peptídeos específicos capazes de prevenir os efeitos da inflamação silenciosa no corpo. Obtido da proteína do arroz orgânico, confere hidratação, firmeza, restauração da fibra capilar e redução da sensibilidade da pele e do couro cabeludo.

Enfim, todas essas inovações e iniciativas refletem a crescente conscientização ambiental dos consumidores e a busca por opções de cuidados pessoais que se alinhem a valores sustentáveis. As marcas de beleza estão respondendo a essa demanda, oferecendo uma variedade de produtos que são tanto eficazes quanto ecologicamente corretos.

À medida que avançamos, é provável que vejamos um aumento contínuo na demanda por produtos de beleza sustentáveis. Como consumidores, temos o poder de impulsionar essa mudança, escolhendo produtos que não só nos fazem sentir bem, mas também fazem bem ao nosso planeta.

*Anne Sato é gerente de Marketing de Cuidados Pessoais da BASF para a América do Sul

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