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A África, com sua crescente classe média, é o “continente do futuro” para indústrias de bens de consumo como a beleza?
Em um relatório de mercado recentemente divulgado, “Mudando as Fronteiras do Mercado: África em Ascensão”, o provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International sugere que há um potencial econômico crescente para os mercados emergentes da África.
O potencial na África constituiu o foco de uma sessão no recente evento de partilha de conhecimento da indústria da Conferência Anual da Cosmetics Europe em Bruxelas. Os ministrantes foram:
- Olivier Coupleux, Chefe da Seção de Economia e Governação, DG TRADE, Comissão Europeia
- Jean-Paul Dechesne, Diretor mundial de assuntos regulatórios da Colgate Palmolive
- Elsa Dietrich, Gerente de Relações Internacionais, Cosmetics Europe
Destaques da sessão
Aqui estão os principais destaques do evento, compilados pelos organizadores do CEAC:
A sessão teve como objetivo discutir as oportunidades e desafios enfrentados pela indústria cosmética na África e identificar sinergias entre a aspiração da indústria para a convergência regulamentar e o plano de trabalho da Comissão Europeia.
Não é um mercado único
A África não pode ser vista como um mercado único; uma abordagem regional ou de país para país é muito mais relevante.
Se a África pode reivindicar ser o continente do futuro com uma classe média crescente, é também o continente das incertezas com diferentes contextos econômicos e políticos, às vezes instáveis, e regimes regulatórios heterogêneos difíceis de decifrar para as empresas.
Alguns países africanos não têm sequer regulamentação para cosméticos.
Segurança primeiro
O objetivo da indústria cosmética não é apenas garantir um acesso fácil ao mercado, mas, acima de tudo, garantir um alto nível de segurança para os consumidores. Não ter regulamentação para cosméticos não é, portanto, uma resposta.
Desse modo, o principal objetivo da Cosmetics Europe é trabalhar em estreita colaboração com as autoridades de diferentes países para compartilhar com eles as melhores práticas regulatórias. Isso vai:
(1) ajudar a trabalhar no sentido da maior segurança possível para o consumidor
(2) permitir que a indústria da UE conte com um sistema regulador alinhado com as práticas internacionais
(3) incentivar os fabricantes locais a adotarem progressivamente essas melhores práticas
(4) ao atender os requisitos internacionais, estimular sua exportação a nível internacional.
Fonte: Cosmetics Design Europe
