Capa » Home (Página 28)

Home

Depois da Integridade de Dados, a Governança

A integridade de Dados críticos em indústrias de Life Sciences é uma questão, que se tiver o cuidado merecido e exigido pelas agências reguladoras mantém a empresa alinhada com as Boas Práticas de Fabricação e evita sanções prejudiciais ao processo produtivo e aos negócios.

Para se alcançar e manter este status de Compliance é necessária a implementação e manutenção de uma política de Data Governance, que seja eficiente em assegurar o status de Integridade dos Dados alcançado pela empresa, que envolve a sustentabilidade do dado, desde sua geração até o fim do seu ciclo de vida, seja ele em papel ou eletrônico.

São procedimentos que acionam profissionais de diferentes áreas da indústria, mas sobretudo exige o essencial apoio da alta direção, para implementar políticas de Data Integrity, promover treinamentos e uma mudança de cultura, que forneça autonomia aos envolvidos com o tema e dissemine entre os demais profissionais, a importância que a Governança de Dados tem para os negócios da companhia.

Considerar essas necessidades já no processo de Validação de Sistemas auxilia na implementação de uma Governança de Dados contínua.

Áreas envolvidas no processo de Governança de Dados

A Garantia de Integridade dos Dados, envolvendo o seu ciclo de vida, deve ser baseada em riscos e a mitigação desses riscos envolve as áreas Organizacional e Técnica da empresa, com procedimentos de rotina, treinamento da equipe, controle da geração e os registros dos dados, implementação de um programa de Governança de Dados e inspeções para atestar sua efetividade.

Veja também: Integridade de Dados na Indústria Farmacêutica

Quando implementada na empresa, a política de Governança de dados cria uma estrutura que envolve o Sistema de Gerenciamento da Qualidade, com subseção de responsabilidades para as áreas de controle de qualidade e Sistema de Qualidade, pois existem dados gerados em toda companhia, com a revisão periódica de produto e o Quality Risk Management.

Papeis de profissionais na Governança de Dados
Reorganização e definição objetiva do papel de cada profissional

De certa forma, os papeis sugeridos pelos guias na implementação de uma política de Governança de Dados já existem dentro das empresas, faltando apenas uma reorganização e definição objetiva de qual a responsabilidade do profissional designado.

Além do gerenciamento Sênior, surge o papel de um comitê de gerenciamento de Integridade de Dados, corporativo ou local, responsável por atividades essenciais para a manutenção da política de Governança e integridade dos dados.

Dono do processo, dono dos dados, dono do sistema

Profissionais que conhecem os detalhes do processo, responsáveis pelo sistema, suas aplicações e pela administração de ações que garantem a integridade dos dados, autorizando ou negando o acesso aos mesmos.

Além dos papeis de “donos”, existe o papel do administrador dos dados e da tecnologia utilizada, que devem implementar requisitos solicitados pelo dono dos dados e por garantir que a plataforma utilizada atenda as exigências de Data Integrity.

Papel do T.I. na Governança de Dados

O departamento de T.I. é o player chave para evitar mudanças diretas no Banco de Dados, que podem acarretar aberturas de desvio por procedimentos que representam riscos ao estado de íntegro dos dados.

Já na Análise de Riscos, feita pela equipe de validação de sistemas, essa condição deve ser observada, para que sejam apontadas ações que minimizem o risco à integridade de dados BPx relevantes, como acesso ao Sistema via aplicação e procedimentos para não travar o processo, no caso de uma excepcionalidade, que vá de encontro ao que orienta os Guias de Data Integrity.

Adequação do sistema à Política de Governança de Dados

Sistema Manual

Se a geração do dado for manual, é elaborada uma análise de riscos para definir o grau de implementação de pops e sugerir uma mudança nos procedimentos, como implementação de duplo check.

Sistema Eletrônico

Se os atributos críticos de qualidade forem gerados por sistema eletrônico, será possível identificar os dados BPx relevantes através de um GAP ASSESSMENT, um documento que possibilita uma visão completa dos itens de Data Integrity existentes no Sistema, como aderência ao FDA 21 CFR Part 11, presença de procedimentos no sistema e tratamento dos dados BPx relevantes.

A Governança de Dados está dentro do Sistema da Qualidade Farmacêutico e envolve diferentes áreas e procedimentos para sua implementação. Após a identificação dos registros críticos gerados pelo sistema, tem início uma série de ações para identificar os riscos a integridade dos dados e consequentemente às Boas Práticas de Fabricação.

Para que o sistema atenda os requisitos de Data Integrity e seja implementada uma política de Governança de Dados eficiente, as adequações realizadas devem ser registradas e desafiadas ao longo do tempo, para garantir que as ações de qualidade estão sendo seguidas.

Este artigo teve como referência a palestra da Diretora Técnica Silvia Martins, no FiveCon 2017. Com Colaboração de Demetrius Rocha, Frederico Quintão e Revisão de Silvia Martins.

Especialista em BPF desvenda a RDC 47/2013 – Boas Práticas de Fabricação de Produtos Saneantes

Confira a entrevista com o consultor, auditor e instrutor de Sistemas de Gestão Nelson Oliveira. Leia Mais »

E-book da M&D Consultoria tira dúvidas sobre Qualificação e Validação

A M&D Consultoria lança o seu primeiro e-book “Você Pergunta a M&D responde”. Nesta edição, o tema é “Qualificação e Validação”. O e-book é resultado da vivência de grandes profissionais em indústrias dos segmentos farmacêuticos, cosméticos, saneantes, veterinários, produtos para saúde e afins, que através de suas trajetórias compartilharam experiências na área de Qualificação e Validação. Mostra diferentes vertentes da área de qualificação e validação, respostas para dúvidas comuns de alguns profissionais que atuam ou possuem interesse em ingressar na área. Leia Mais »

Garanta a eficiência e economia de sistemas HVAC-R com a tecnologia Alemã da Testo

Garanta a eficiência e economia de sistemas HVAC-R com a tecnologia Alemã da Testo. Saiba mais: https://goo.gl/xUUUCN

O que é o dexpantenol?

A substância que contém alto poder de hidratação é o segredinho de Bepantol® Derma. Leia Mais »

Extensão de cílios fio a fio: mais que maquiagem, um procedimento estético

Já popularizado pelos Estados Unidos, Europa e Ásia, o mercado de extensões de cílios fio a fio tem crescido cada vez mais pelo Brasil, embelezando o olhar de atrizes como Carolina Dieckman e Larissa Dias, entre outras. A novidade é que o procedimento até então enxergado como um acessório da maquiagem tem ganhado ares de procedimento estético, podendo até adiar ou substituir cirurgias de correções para harmonização da face. Esse novo status das extensões de cílios retira o procedimento da esfera do too much, e o posiciona ao lado de outros já considerados naturais para as mulheres que desejam realçar sua beleza por mais tempo, como o botox, o preenchimento ou a blefaroplastia, cirurgia plástica para eliminar excesso de pálpebras ou bolsas de gordura sob os olhos. Leia Mais »

Manual orienta empresas de saneantes sobre registro

A Anvisa lançou em 2016 o Manual do Usuário – Peticionamento Eletrônico de Saneantes, documento que tem como objetivo orientar o setor regulado no momento de cadastrar um saneante na Agência. A publicação mostra detalhadamente os procedimentos, diretrizes e critérios para as empresas realizarem o peticionamento eletrônico de forma correta, a fim de obter o registro do produto.

O Manual produzido pela Gerência de Saneantes (Gesan), além de auxiliar o setor regulado, busca reduzir as dúvidas e os erros das instituições durante o peticionamento eletrônico. A Gesan verificou que os indeferimentos de produtos ocorrem principalmente pela falta de documentos no processo. Além disso, são feitas muitas demandas ao Serviço de Atendimento (SAT) por falta de conhecimento do método de peticionamento e notificações de exigência durante a análise do processo.

A outra inovação do Manual é sobre como o setor regulado deve solicitar a certidão e o certificado para exportar os produtos registrados. O documento apresenta também os canais de atendimento para tirar dúvidas, como Ouvidoria, Anvisa Atende, atendimento no parlatório e cópia de processos.

 

Facilidade e menor custo para as empresas

Os esclarecimentos presentes no documento permitem, também, que as empresas façam os peticionamentos, sem precisar terceirizar essa atividade, diminuindo, assim os custos de operação. Para que um saneante seja comercializado no Brasil, é necessário que seja cadastrado na Anvisa. Esses produtos são substâncias ou preparações destinadas à limpeza, esterilização, desodorização, entre outros.

As empresas que trabalham com saneantes têm a responsabilidade de garantir a qualidade, eficácia e segurança dos produtos até o consumidor final. O registro de produtos tem validade de cinco anos e pode ser revalidado por períodos iguais e sucessivos. A Anvisa lembra o setor regulado de que, ao fazer o procedimento, é necessário pedir o requerimento na Agência com antecedência. O prazo para solicitar a revalidação deve ser feito de doze a seis meses antes da data de vencimento do registro.

 

Pontos do Manual

Conheça alguns itens do Manual:

  • Requisitos para fabricar um produto saneante;
  • Procedimento de registro;
  • Peticionamento eletrônico;
  • Termo de responsabilidade;
  • Impressão de documento e protocolo;
  • Acompanhamento do processo.

Para ter acesso a todas as informações do Manual, clique aqui.

 

Fonte: Ascom/Anvisa

 

O farmacêutico na indústria cosmética

A indústria voltada à produção de itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos está em expansão no Brasil. Esse é um mercado dinâmico e muito promissor no país. Prova disso é que, atualmente, o Brasil se destaca como um dos principais mercados mundiais para a venda desse tipo de produto, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Japão.

O bom desenvolvimento dos negócios da indústria cosmética no Brasil abre ótimas perspectivas e oportunidades de atuação para o farmacêutico. A presença desse profissional é fundamental nesse setor da indústria, principalmente em áreas como qualidade, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, validação, entre outros campos.

A área cosmética garante ao farmacêutico a chance de trabalhar de forma especializada em cosmetologia, dentro de grandes indústrias nacionais e multinacionais. Nesse contexto, o profissional pode aplicar seus conhecimentos em áreas de controle de produção, processos, gestão e qualidade. Esse campo de atuação em cosmetologia foi regulamentado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), segundo as determinações da Resolução 406.

Qual é o perfil requisitado para o farmacêutico que atua na Indústria Cosmética?
O farmacêutico é um profissional bastante valorizado no mercado da indústria cosmética, mas, para ter sucesso nessa área, o profissional precisa ter o perfil adequado e buscar o desenvolvimento constante de suas competências, além, é claro, de se manter atualizado em relação às inovações e práticas do mercado.

Do ponto de vista da carreira, o trabalho nas grandes indústrias da área de cosméticos, beleza e estética garante uma das melhores remunerações para o farmacêutico, desde que ele tenha a especialização para atuar no segmento. Para conquistar uma boa oportunidade nessa indústria, é fundamental que o profissional seja especializado em cosmetologia, com amplo conhecimento em farmacotécnica, estética, tecnologia cosmética, fisiologia, entre outras áreas. Além disso, o domínio do inglês como segundo idioma é essencial para que o farmacêutico se destaque nesse mercado.

Buscar uma especialização em tecnologia industrial e em cosmetologia é uma iniciativa importante para quem pretende atuar nessa indústria. Além disso, também é recomendado o desenvolvimento de habilidades de comunicação, marketing, relacionamento interpessoal e gestão industrial.

Áreas de atuação do farmacêutico na Indústria Cosmética
De uma forma geral, o farmacêutico pode atuar em três frentes distintas dentro da indústria cosmética. São elas:

Pesquisa e Desenvolvimento – O profissional se dedica ao desenvolvimento de novos produtos, lançando ou aprimorando formulações e produtos cosméticos.

Qualidade – O farmacêutico trabalha para garantir as boas práticas de produção e os padrões de qualidade. O profissional também pode se dedicar à realização de estudos de estabilidade microbiológica e físico-química.

Gestão e Assuntos Regulatórios – O profissional atua na gestão da produção, no registro de novos produtos junto aos órgãos competentes, no controle de matérias-primas, na gestão de equipes e na manutenção das boas práticas dos processos de produção.

Além dessas três áreas principais, os farmacêuticos que atuam na indústria cosmética também podem realizar treinamentos, prestar consultoria, avaliar a infraestrutura industrial, ajustar processos e instalações, fazer ensaios biológicos, avaliar os procedimentos de produção e validar os processos, corrigir problemas e falhas, participar de auditorias, controlar lotes de produtos, gerenciar laboratórios, entre outras coisas. Como é possível perceber, as possibilidades são inúmeras e muito interessantes!

Fonte: M&D Consultoria

 

Mercado de cosméticos é um dos principais focos da Eletroinox

Fundada em 2002 em São Bernardo do Campo (SP), o Grupo Eletroinox tem por objetivo atender às necessidades de clientes inseridos na área de tratamento de superfícies em aço inoxidável como: eletropolimento, decapagem, passivação, limpezas químicas, lixamento, polimento mecânico, endoscopia, microscopia, LP, molibdênio, ferroxil, laudo técnico de tubulações e equipamentos, análise de vida útil do equipamento, com uma qualidade e eficiência diferenciadas. Leia Mais »

Grupo Boticário desenvolve pele em laboratório

 

O Grupo Boticário, empresa que controla as unidades de negócio O Boticário, Eudora, quem disse, berenice? e The Beauty Box, foi a primeira companhia a desenvolver a pele humana em laboratório no Brasil, notícia veiculada em janeiro de 2016.

A pesquisa e o desenvolvimento do material foram realizados pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, localizado na planta de São José dos Pinhais (PR). O material já é utilizado para o teste de matérias-primas e produtos acabados (cremes, loções e maquiagens), tanto para a escolha de ingredientes que serão usados nas formulações, quanto na segurança dos produtos. A tecnologia é um método alternativo aos testes em animais para a indústria cosmética, reconhecido pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para elaborar a pele 3D, são utilizadas células isoladas a partir de tecido descartado de cirurgias plásticas, nos casos em que há o consentimento do doador para este fim e aprovação de Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Em laboratório, a pele vai sendo formada, célula a célula, camada por camada, tal como a pele humana. Primeiro é feita a derme, composta por fibroblastos, que são responsáveis pela produção de proteínas, como colágeno, que dão firmeza e elasticidade à pele. A próxima camada a ser formada é a epiderme, compostas por células denominadas queratinócitos, responsáveis pelas funções de barreira e proteção do corpo, e também por melanócitos, que dão coloração à pele.“Sabemos que o futuro a gente constrói hoje e, sobretudo, queremos que ele seja mais sustentável.

A inovação é parte da essência do Grupo Boticário, que sempre investiu em métodos alternativos, e está na vanguarda da tecnologia para cosméticos. É por isso que queremos continuar sendo protagonistas nessa trajetória e inspirar mais pessoas e instituições a abraçarem essa causa com a gente”, explica o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, Richard Schwarzer. “A companhia já não realiza testes em animais nos produtos que desenvolve há mais de 15 anos e apoia a eliminação dessa atividade com a adoção das melhores práticas para o desenvolvimento dos produtos”, completa o gerente de Pesquisa Biomolecular do Grupo Boticário, Márcio Lorencini.

Com a tecnologia inovadora, é possível realizar vários testes numa mesma unidade de pele reconstituída, que dura 7 dias, em vez de 72 horas da pele “in natura”. A pele 3D permite ainda maior amplitude e mais assertividade nos testes, pois ela é elaborada a partir de um pool de células de vários indivíduos. Entre as vantagens apontadas estão: evitar testes em animais na indústria cosmética, redução no número de testes com humanos, maior fidelidade e confiabilidade aos testes dos produtos, possibilidade de se testar várias formulações e escolher a melhor em relação à eficácia.

Fonte: Agência IN

Foto:Divulgação – Grupo Boticário