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Sebastião Cunha e Gislene Attilio destacam as inovações da Dow na área de cosméticos e a preocupação com as Boas Práticas
O Portal 2A+ Cosmética entrevistou Sebastião Cunha, líder da planta de Hortolândia (SP), e Gislene Attilio, gerente de Marketing para Home & Personal Care para América Latina, ambos da Dow. Eles falaram sobre os ingredientes multifuncionais inovadores desenvolvidos recentemente pela empresa, além de tecnologias que permitem que os clientes desenvolvam produtos que ofereçam sensorial mais agradável. Também destacaram os cuidados nas áreas de produção para evitar a contaminação e os procedimentos da empresa para que os colaboradores da área produtiva estejam sempre atualizados quanto às Boas Práticas de Fabricação.
Confira.
Quais as tecnologias de última geração usadas para a produção das principais soluções?
Gislene Attilio: A Dow apresentou recentemente durante a in-cosmetics 2017 tecnologias inovadoras e soluções criadas com a integração entre a Dow e a Dow Corning. São tecnologias que permitem que os clientes desenvolvam produtos que ofereçam sensorial mais agradável, desempenho superior e multifuncionais, preparados para a vida moderna, além de ingredientes para elaboração de formatos diferentes das formulações convencionais já conhecidas.
A companhia fornece ingredientes multifuncionais para melhorar o desempenho dos produtos dos clientes e estão baseados em tendências que representam o futuro dos cuidados pessoais, com objetivo em oferecer uma experiência mais agradável com foco no sensorial para atingir cada um dos sentidos do consumidor e ainda desenvolver texturas diferentes ao toque. Um exemplo de como o consumidor final consegue perceber as soluções da Dow é o grande uso de polímeros em formulações de cuidados com o cabelo e pele, proporcionando sensoriais únicos de textura, sensação de maciez na pele, espuma rica e cremosa, além de um toque agradável durante e após o uso.
O trabalho de pesquisa e inteligência ajuda a companhia a se manter sempre à frente das tendências dos consumidores modernos para criar soluções que atendam seus anseios. A Dow realiza testes e análises laboratoriais de formulações para ajudar os clientes a criar o melhor produto. Os ingredientes premium combinados com flexibilidade de formulação ajudam as marcas a se destacarem em aplicações de cuidados pessoais.
Os técnicos especialistas ajudam os clientes a desenvolverem formulações de alto valor que economizem recursos naturais, melhorem os processos de fabricação tornando-os mais limpos e eficientes e se comprometem com as prioridades de sustentabilidade de cada marca.
Quais os cuidados nas áreas de produção para evitar a contaminação, principalmente quanto à separação de áreas e qualidade do ar ambiente?
Sebastião Cunha: Os operadores de produção de áreas BPB utiliza, EPI’s específicos de forma a evitar contaminação, como luvas, sapato branco, avental, óculos, uniforme limpo, etc. As áreas produtivas possuem portas fechadas e acesso restrito. São realizadas limpezas periódicas da área conforme matriz pré-definida e a mesma é validada por meio de testes microbiológicos.
Quais os procedimentos da empresa para que os colaboradores da área produtiva estejam sempre atualizados quanto às Boas Práticas de Fabricação? Quais as normas de BP são utilizadas e por qual motivo?
Sebastião Cunha: São realizados treinamentos periódicos para todos os operadores de áreas BPF. São seguidas as diretrizes da norma ISO 22176 – Boas Práticas de Fabricação – uma vez que essa é a norma seguida pelos principais clientes.
Quais os principais desafios/problemas que enfrentam a implantação das boas práticas na produção e quais as soluções adotadas?
Sebastião Cunha: O maior desafio do programa de BPF é se manter sempre em alerta, buscando a melhoria contínua dos processos. Por esse motivo, é de extrema importância que sejam realizadas auditorias regulares do processo bem como benchmarking com outras empresas que também possuem o programa BPF. Os clientes da Dow realizam auditorias periódicas dos processos como forma de monitoramento de melhoria contínua.
A empresa utiliza consultoria de terceiros nessa área? Qual e por quê?
Sebastião Cunha: Consultorias são fornecidas sempre que necessário. Conforme citado anteriormente, nossos processos são auditados periodicamente por nossos principais clientes.
De que forma a Dow está estruturada para se alinhar as suas metas de sustentabilidade?
Gislene Attilio: Alinhadas às suas Metas de Sustentabilidade para 2025, as formulações desenvolvidas pela Dow para a indústria de cosméticos permitem otimizar recursos, garantir processos de manufatura mais eficientes e limpos, e atender às tendências sustentáveis do mercado. Nesse sentido, a Dow está estrategicamente posicionada para assegurar o desenvolvimento de soluções que permitam novas aplicações ou que aprimorem funcionalidades nesse mercado. Atualmente, 96% dos produtos manufaturados possuem química, o que torna as empresas desse segmento essenciais para a construção de uma sociedade mais sustentável.
Para desenvolver soluções que proporcionem a sustentabilidade econômica, social e ambiental, a Dow utiliza análises de ciclo de vida ao longo da cadeia produtiva, avaliando a produção, formulação, uso, transporte e descarte de seus produtos, de forma a permitir a seus clientes inovar em produtos que enderecem os principais desafios globais.
A estratégia da Dow para a América Latina é um desdobramento das metas globais de sustentabilidade para 2025, em que a empresa busca oportunidades de colaboração para avançar o progresso social e ambiental.
Nesse contexto, a Dow identificou, na América Latina, quatro principais mercados de alto crescimento em que pode colaborar com seus parceiros por meio da ciência e ajudar a construir um futuro melhor. Um desses mercados é o de consumo, acompanhando a tendência de mudança no comportamento do consumidor focada na demanda por uma atuação mais responsável, ética e transparente por parte dos produtos que consomem. Nesse cenário, as marcas têm cada vez mais buscado desenvolver produtos que atendam a estas necessidades e expectativas de seus clientes. Partindo dessa premissa, a Dow mapeou, em conjunto com diversos stakeholders, as principais necessidades do consumidor do futuro. As que identificamos foram: bem-estar, mobilidade, conectividade e praticidade. Diante desse cenário, o objetivo da Dow é prover aos clientes e consumidores finais soluções melhores, mais sustentáveis e produtivas.
Imagens da participação da Dow na in-cosmetics 2017 (protótipos das tendências):
Indústria 4.0, ‘Digitização’, Internet das Coisas e a 4ª Revolução Industrial
Por Jair Calixto*
Recentemente temos visto proliferar uma quantidade grande de artigos e matérias, em revistas técnicas especializadas e na internet, a respeito de temas ligados à tecnologia da informação e, alguns destes termos têm chamado a atenção pela novidade e ineditismo, como Indústria 4.0, Digitização, Internet das Coisas e 4ª Revolução Industrial.
Mas o que significam estes termos e o que eles têm a ver com a indústria farmacêutica? Qual o ineditismo disso?
Em primeiro lugar temos que buscar as definições de cada um deles para, posteriormente, situá-los no contexto das atividades industriais e na nossa vida cotidiana.
Comecemos com Internet das Coisas (IoT). Segundo o conhecimento difundido atualmente, é o emprego da internet como plataforma de intercâmbio de informações, permitindo a comunicação entre um número ilimitado de dispositivos, dando origem ao que se convencionou chamar Internet das Coisas, ou IoT, na sigla em inglês. Em resumo é a incorporação de serviços digitais nos produtos (Product Service Systems).
Uma outra definição encontrada no Wikipedia*, diz o seguinte: Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things) é uma revolução tecnológica a fim de conectar aparelhos eletrônicos do dia-a-dia, como aparelhos eletrodomésticos a máquinas industriais e meios de transporte à Internet, cujo desenvolvimento depende da inovação técnica dinâmica em campos tão importantes como os sensores wireless e a nanotecnologia.
*Conforme apresentado em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_das_Coisas.
Indústria 4.0 é a incorporação, em alta velocidade, da digitalização às atividades industriais, automatizando tarefas e serviços, antes realizados manualmente. O controle da produção ocorre com o uso de sensores e equipamentos conectados em rede e com o uso de sistemas. É a 4ª Revolução Industrial.
Digitização**. Você não está lendo uma palavra digitada erroneamente. Não é digitação, mas di-gi-ti-za-ção. São serviços que tiram partido do contexto, da rede e dos dados para darem resposta rápida às necessidades dos consumidores. Uber, Hyp, Airbnb, Crowdmed, Coursera, Peadpod são alguns dos exemplos da digitização em curso.
** Conforme apresentado na seguinte referência: http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2015-06-10-Digitizacao-vem-ai-um-admiravel-mundo-novo.-Outra-vez.
A digitização é a consequência imediata da Internet das Coisas, convertendo na virtualização de muitos dos serviços e atividades providas atualmente em meio físico.
Esta nova visão das tecnologias disponíveis no mundo atual prevê a integração entre:
– sistemas com qualquer máquina/equipamento (“coisas”),
– sistemas com as pessoas e
– sistemas com outros sistemas.
É uma integração de processos, sistemas, dados e pessoas. Neste modelo as pessoas possuem mais poder de decisão sobre a utilização de determinados serviços. É quase que uma apropriação da atividade exercida por terceiros. Conclui-se, obviamente, que os processos e atividades não automáticos serão automatizados também e de maneira muito veloz!
O que se convencionou chamar de Internet das coisas é a conexão de sistemas de tecnologias digitais com aparelhos, máquinas e equipamentos ligados à internet.
O benefício desta concepção é a automatização e digitização de processos e atividades, provendo-os de agilidade e velocidade na apresentação de resultados.
Aplicações
Quais são as aplicações destas “novidades” no mundo real?
Sempre que uma ideia inovadora é posta em discussão, logo surgem as descrenças e dúvidas. Mas as pessoas demoram a perceber o avanço das tecnologias extremamente inovadoras. Quando elas desapontam, causam espanto generalizado. O gráfico abaixo mostra o ciclo de aplicação de uma nova tecnologia e sua percepção/adoção pelas pessoas.
Sempre quando uma tecnologia extremamente inovadora aparece, permeiam as discussões o questionamento da real aplicabilidade destes conceitos novos para a realidade das empresas e isto é natural, pois ninguém quer ter seu status quo, sua rotina ou área de conforto, alterados. A mudança assusta as pessoas. Porém, algumas dessas inovações já são concretas (estão em acelerado processo de implantação), já estão desenvolvidas ou estão em franco desenvolvimento. São exemplos desta nova realidade:
– Os Softwares-Aplicativos, que tendem a acelerar sua utilização,
– A Inteligência Artificial,
– Os Veículos Autônomos – já em testes,
– Os Veículos Elétricos – já em uso,
– Alta Tecnologia Digital em Equipamentos Médicos – já em testes,
– Impressora 3D – já em uso e com potencial de aperfeiçoamento acelerado.
A IoT e a digitização em massa devem ser os conceitos centrais da nova revolução industrial, a Indústria 4.0. Sua base é conectar os equipamentos, máquinas, objetos, sistemas, dados e pessoas, integrando-os em uma rede, cuja finalidade é aperfeiçoar e acelerar serviços e atividades, proporcionando:
- maior velocidade na realização de tarefas,
- maior confiabilidade,
- maior agilidade na troca de informações,
- maior conhecimento do processo,
- maior capacidade de realização de tarefas,
- execução de tarefas complexas e demoradas,
- substituição de trabalhos manuais,
- maior segurança,
- aumento da produtividade,
- processos mais enxutos,
- substituição de processo custosos e demorados e
- oferta de produtos mais baratos.
Um dos exemplos dessas aplicações, mencionadas acima, é o projeto DHL/CISCO³, onde as empilhadeiras, as caixas de produtos, esteiras, máquinas e sistemas de controle de temperatura estão conectados fornecendo informações sobre segurança, qualidade, ambiente (temperatura e umidade), operação e movimentação dentro do armazém.
Neste novo cenário, é de se prever que, tarefas repetitivas e que não incorporam valor ao trabalho e ao negócio da empresa tendem a ser substituídas, dando lugar à automatização de processos e atividades.
Assim, os softwares, bem como os aplicativos, cuja utilização está em expansão, desempenham um papel crucial e seu desenvolvimento acelerado evoluirá para campos onde nunca se pensou que estes sistemas poderiam atuar. Mas não é apenas isso. Para completar este modelo de desenvolvimento da chamada Indústria 4.0, são necessários sensores, de todos os tipos e para todas as aplicações. Aqui está o foco desta inovação: sensores.
Com o desenvolvimento de sensores para as mais diversas aplicações, é possível pensarmos em qualquer sistema, para qualquer processo, serviço ou atividade. Um exemplo disso é o software da IBM chamado WATSON, que é capaz de análises jurídicas com grande precisão.
Mas por que os sensores são tão importantes? Por que eles representam a tecnologia de aquisição de dados que os sistemas utilizarão para desempenhar seu papel nos mais diversos campos do conhecimento.
Como exemplo, podemos citar um avanço dos equipamentos médicos:
Atualmente, para se avaliar os parâmetros sanguíneos de uma pessoa, deve-se:
(1) Agendar com o laboratório clínico;
(2) Ir ao laboratório na data marcada;
(3) Ser submetido à coleta de sangue;
(4) Fazer análise, com testes específicos, deste sangue, para cada parâmetro que se quer (Glicose, colesterol, ácido úrico, triglicérides, etc.).
(5) Aguardar alguns dias;
(6) Buscar o resultado ou conseguir pela internet;
(7) Levar ao médico na próxima consulta e obter o diagnóstico.
Quanto tempo terá se passado até que o paciente saiba do diagnóstico médico? Vinte dias, trinta dias? Por volta disso.
Agora imagine o seguinte:
Um equipamento com sensores nanotecnológicos colocados em pontos específicos do corpo, sobre a pele, que analisa o sangue e emite o resultado em questão de minutos, no próprio consultório médico.
Imagine a diferença de tempo!
Alguns produtos básicos já são conhecidos, como as pulseiras Fitbit, Microsoft Band, Nike FuelBand. O uso na saúde é uma das milhares de aplicações possíveis da IoT!
Indústria Farmacêutica
E quais as perspectivas de utilização deste conceito na indústria farmacêutica? Podemos sonhar com algo assim? Minha resposta é: com certeza! Nenhum setor industrial estará fora deste circuito. Em muitas atividades, dentro da área industrial, será possível identificar uma potencial mudança evolutiva e uma aplicação digital, conforme já falamos anteriormente. Podemos iniciar pela área fabril, mais precisamente na produção:
(1) PAT. Os avanços do process analytical technology ainda caminham timidamente, muito por conta da insegurança e do status quo existente. Mas os conceitos do PAT têm um forte potencial de aplicabilidade na indústria farmacêutica. Ele é o exemplo mais claro e concreto com possibilidade de uso do IoT na indústria farmacêutica. Ele prevê a transferência de análises de Controle de Qualidade para as linhas de produção, online/inline, por meio de equipamentos analisadores adequados. O mais comum deles atualmente é o NIR (Infravermelho próximo). Com o PAT, a economia de tempo de processo será bastante significativa. Análises de teor, pH, testes de identificação, umidade, poderão ser realizados no momento em que a produção ocorre, de modo que o produto poderá ser liberado imediatamente após sua finalização na linha de embalagem. Estas informações poderão ser coletadas por um sistema central, armazenando as informações diretamente na pasta do produto. Como os custos de produção diminuirão, consequentemente, os preços dos medicamentos tenderão a baixar, beneficiando toda a sociedade.
(2) MES. Atualmente é utilizado o Manufacturing Execution Systems, termo usado para designar os sistemas focados no gerenciamento das atividades de produção e que estabelecem uma ligação direta entre o planejamento de produção (ERP) e o chão de fábrica. Os sistemas MES geram informações em tempo real que promovem a otimização de todas as etapas da produção. O MES pode importar dados de um sistema ERP, parâmetros para a produção, armazenar tempos de operação (por operador), tempos de máquinas, componentes usados, material desperdiçado, pode armazenar dados de qualidade (inspeções, check lists e não conformidades), análise de métricas e desempenho da produção, controle estatístico do processo (CEP) e de indicadores de capacidade (Cp, Cpk), entre outras atividades. Assim, os equipamentos do PAT podem estar conectados ao MES, fornecendo uma gama infindável de informações. Por sua vez, o MES poderá estar conectado a um sistema central – Big Data Analytics-, concentrando todas as informações de cada produto, de modo a gerenciar sua aprovação e liberação para distribuição ao mercado e outras decisões gerenciais.
(3) Dados de Controle de Qualidade. Dados obtidos de softwares específicos do Controle de Qualidade e da Garantia da Qualidade, por exemplo o LIMS, poderão ser transferidos para um Sistema Central (Big Data Analytics) que avaliará os dados e gerenciará a aprovação e liberação do produto para comercialização.
(4) Tecnologias de Controle de Qualidade. O desenvolvimento nesta área tende a ser exponencial nos próximos. Em que pese a necessidade de controle regulatório, entendo que, muitas das tecnologias evoluirão para propiciar análises em tempo real, com menor consumo de reagentes, mão de obra, recursos em geral, reduzindo o lead-time de produção e os estoques de materiais, bem como outros sistemas que podem ser desenvolvidos para automatizar processos e atividades manuais desempenhadas no controle de qualidade e garantia de qualidade atualmente, como, por exemplo, investigação de desvios, controle de mudanças, análise de riscos, auditorias, validações, entre outras atividades manuais. Todas estas atividades poderão se integrar em um sistema central, conforme já mencionado anteriormente, acelerando o processo de tomada de decisão e fortalecendo a segurança da qualidade.
Conclusões
O tema é ainda bastante complexo de entender, mas com as aplicações sendo postas ao público e às empresas, a compreensão das pessoas sobre o que é Internet das Coisas se tornará cada vez mais clara em um futuro muito breve. Sua aplicação e uso, na indústria farmacêutica é, a meu ver, muito desejável, pois a indústria farmacêutica tem baixo grau de inovação e automação quando comparada a outros setores da economia.
Os avanços que poderão ser incrementados ao setor farão a indústria mudar de patamar em termos de produtividade e qualidade de serviços, adquirindo um nível tecnológico bastante expressivo, aumentando a segurança dos processos, reduzindo lead-times, aumentando a produtividade, aumentando a segurança para o paciente e, o melhor de tudo, reduzindo preços de medicamentos.
Referências
As referências abaixo foram utilizadas como base para a redação deste artigo.
1 Udo Gollub. A 4ª Revolução Industrial já está acontecendo -.http://www.profissaoatitude.com.br/Blog/Post/8058926.
2 Ahmed, Shahid; Chitkara, Raman. The Industrial Internet of Things. PWC, 2016.
3 Macaulay, James; Buckalew, Lauren, Chung, Gina. Internet of Things in Logistics. A collaborative report by DHL and Cisco on implications and use cases for the logistics industry. 2015, Troisdorf, Germany.
4 Sondagem Especial. Indústria 4.0: novo desafio para a indústria brasileira. Publicação CNI, Ano 17, Número 2, Abril de 2016.
5 Gustavo Caetano. 12 coisas que você precisa saber sobre o futuro da tecnologia. Disponível emhttp://slides.com/gustavocaetano/12-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-futuro-da-tecnologia#/5, acessado em 16.07.2016.
6 Wikipedia. Internet das coisas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_das_Coisas. Acessado em 16.07.2016.
7 Revista Exame. Digitização. Vem aí um admirável mundo novo. Outra vez.
http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2015-06-10-Digitizacao-vem-ai-um-admiravel-mundo-novo.-Outra-vez. Acessado em 16.07.2016.
*Jair Calixto é Farmacêutico-Bioquímico graduado pela USP e atualmente de Gerente de Boas Práticas e Auditorias Farmacêuticas do Sindusfarma. E-mail: [email protected].
Grupo Hinode é eleito ‘Empresa do Ano’ do 25º Prêmio Atualidade Cosmética
O Grupo Hinode foi eleito a “Empresa do Ano” pelo Prêmio Atualidade Cosmética, em sua 25ª edição, em evento realizado na noite desta terça-feira, 07 de novembro de 2017, o oscar do mercado de perfumaria e cosméticos do Brasil. Esta foi a terceira vez consecutiva que a companhia foi indicada nesta categoria. No ano anterior, o grupo havia sido escolhido como “Empresa do Ano” pela ABHIPEC e eleito pelo Prêmio Atualidade Cosmética vencedor nas categorias “Melhor Criação Perfumística”, com o perfume Grace Midnight, “Profissional do Ano” para Sandro Rodrigues (presidente) e ao “Hall da Fama” com os fundadores da empresa, Adelaide e Francisco Rodrigues.
A avaliação leva em conta os pontos de desempenho no mercado, investimentos, lançamentos e inovações ocorridas durante os anos de 2016 e 2017, a contribuição para o desenvolvimento do mercado e a disseminação de práticas sustentáveis. Os vencedores são escolhidos por votação popular. A indicação da Empresa do Ano é fruto de um extenso processo de pesquisa, consultas a profissionais do mercado de varejo e de fornecedores, além de análises realizadas pela equipe responsável pela premiação.
Este resultado reconhece a consolidação do Grupo Hinode como uma referência no mercado de venda direta e no modelo de marketing multinível, uma empresa 100% brasileira, prestes a completar 30 anos em 2018 e que pretende fechar este ano com um faturamento de R$ 2.6 bilhões.
O Grupo Hinode concorreu este ano com oito produtos, em cinco categorias: a maquiagem Dazzle, na categoria Linha / Coleção de Maquiagem; o sérum Routine Age Reverse Instant Anti-Aging, na categoria Tratamento Facial; o Multi-Action 4 em 1, na categoria Beleza e Higiene Masculina; com as fragrâncias Empire Sport, Feelin´ Para Ele, Dazzle, Ella Happy Romance e Feelin´ Para Ela nas categorias Criação Perfumística Latino-Americana Masculina e Feminina e Perfume do Ano Latino-Americano Masculino e Feminino.
O Grupo Hinode é formado pelas marcas Hinode, que atua desde 1988 com venda direta no segmento de cosméticos e cuidados pessoais, HND, focada em performance e bem-estar, Hinode Center, responsável pela formatação de franquias, e UH, voltada para treinamento e desenvolvimento. Atualmente, são mais de 500 produtos em seu portfólio, uma unidade fabril de 12 mil metros quadrados, 700 funcionários, 500 franquias e 700 mil colaboradores no sistema de marketing multinível.
SensAmone P5: Ativo calmante para conforto imediato da pele sensível
Um novo ingrediente ativo inspirado pela natureza debaixo do mar
Na busca interminável de novas fontes interessantes de ingredientes ativos, grande parte da atenção nos dias de hoje mudou para ingredientes de origem marinha. Um grande número de espécies marinhas ainda não foi extensivamente estudado. Isto faz novas descobertas que propõem efeitos benéficos para nossa pele, altamente interessantes para a indústria de cosméticos. Um dos habitantes fascinantes do mar é a anêmona do mar, conhecida por muitos como o abrigo dos peixes palhaço. Um fato menos conhecido é que, como a anêmona do mar é macia e vulnerável, produz um veneno para se proteger de predadores e também para imobilizar presas. Recentemente, os cientistas descobriram que uma proteína componente do veneno da anêmona do mar Heteractis crispa é um potente inibidor do receptor da dor TRPV1, que oferece uma abordagem interessante para a pele sensível.
TRPV1, receptor da dor é hiperativo em peles sensíveis
O receptor TRPV1 é responsável pela transmissão da sensação de dor ao entrar em contato com calor, produtos químicos e ácidos. Está presente em nossa pele, pois esta é a primeira barreira que encontra estresse ambiental. Embora a atividade do receptor seja importante para nos proteger de danos, como reagir com a dor e retirar a mão ao tocar uma superfície quente, uma hiperatividade pode ser prejudicial também. A pele sensível é especialmente caracterizada por um receptor de dor hiper-reativa que se manifesta como a pele que se sente muito apertado, coceira e até mesmo queima – mesmo que não existem influências nocivas sobre a pele. Além de ser responsável pelo desconforto da pele, o receptor TRPV1 também está envolvido no envelhecimento da pele. Em pele fotoenvelhecida, o TRPV1 é frequentemente super expresso.
Além disso, a ativação constante de TRPV1, por exemplo por radiação térmica e infravermelha, leva à regulação positiva de enzimas que destroem o colágeno na pele, o que pode levar ao envelhecimento prematuro da pele. Portanto, a solução é reduzir a ativação de TRPV1 em pele sensível a níveis normais para fortalecer o nível de tolerância e reduzir a sensação desconfortável da pele.
SensAmone P5 – Uma solução para a pele sensível derivada do veneno de anêmona do mar
A proteína de anêmona do mar acima mencionada é uma candidata perfeito para ajudar a reduzir a sensibilidade da pele inibindo uma reação excessiva do receptor de dor TRPV1. No entanto, a proteína de comprimento total é instável e muito grande para penetrar na pele, e colhê-lo de veneno de anêmona do mar não é viável para aplicações cosméticas. Deste modo, um peptídeo de cinco aminoácidos foi concebido pela Mibelle Biochemistry em colaboração com o Instituto Venomtech do Reino Unido, que são especialistas na descoberta de fármacos venosos. Este pentapeptídeo contém o local de ligação ao receptor TRPV1 ativo da proteína da anêmona do mar. Outra vantagem é a sustentabilidade através da produção sintética do peptídeo que não requer o uso de anêmonas do mar.
Para assegurar ainda mais estabilidade e biodisponibilidade, o pentapeptídeo foi incorporado num sistema de suporte de esfera macia baseado em manteiga de karité.
O novo ingrediente cosmético resultante, SenSamone P5 (INCI: Pentapeptide-59 (and) Hydrogenated Lecithin (and) Butyrospermum Parkii (Shea) Butter (and) Phenethyl Alcohol (and) Ethylhexylglycerin (and) Maltodextrin (and) Aqua/Water) é uma solução para aliviar a pele sensível e irritada.
Eficiente inibição do receptor de TRPV1
A capacidade de SensAmone P5 em inibir a ativação do receptor TRPV1 foi analisada em células CHO que expressam os receptores TRPV1 de uma forma estável. As células foram irritadas com capsaicina, que é um ativador de TRPV1, quer na presença ou ausência do pentapeptídeo da anêmona do mar (pentapeptide-59, RRRFV). O tratamento com a proteína de comprimento total anêmona de mar APHC1 na mesma concentração molecular foi utilizada como controle positivo. Os resultados mostraram que o tratamento com o pentapeptídeo inibiu a ativação do receptor TRPV1 em 80%, enquanto que o APHC1 de comprimento total, inibiu a ativação do receptor TRPV1 em 25%. Portanto, o peptídeo de anêmona do mar de cinco aminoácidos exibe ainda melhores propriedades de inibição de TRPV1 do que a proteína de comprimento total.
SensAmone P5 reduz instantaneamente a reatividade da pele após uma única aplicação
Num estudo duplo cego, controlado com placebo, 31 voluntários (mulheres, idade média de 47 anos) com creme aplicado em pele sensível com 2% de SensAmone P5 ou o placebo correspondente de cada lado da face. O limiar de percepção atual (CPT) foi medido usando um Neurometer duas horas após uma única aplicação e em comparação com o CPT inicial antes da aplicação. O Neurometer aplica um estímulo elétrico à pele em diferentes frequências (250Hz e 5Hz) para atingir diferentes células nervosas sensoriais. O CPT é então determinado como a quantidade de estímulo elétrico necessário para que seja sentida pelo voluntário. Como resultado, quanto maior o valor de CPT, significa que maior estímulo elétrico é necessário para ser sentida pelo voluntário, logo, menos reativa é a pele.
Uma única aplicação de 2% de SensAmone P5 aumentou significativamente o CPT da pele e reduziu assim a reatividade da pele.
Redução a longo prazo da sensibilidade cutânea com SensAmone P5
Para além do efeito calmante da pele a curto prazo do SensAmone P5, foi também investigado um efeito a longo prazo na redução da sensibilidade cutânea. Para isso, foi realizado um estudo clínico duplo cego placebo-controlado em que 31 voluntários (mulheres, idade média de 47 anos) com pele sensível, aplicaram um creme com 2% de SensAmone P5 ou o placebo correspondente de cada lado do seu rosto, duas vezes por dia durante num período de 28 dias.
Para medir a sensibilidade da pele, realizou-se um teste de sensibilização com ácido láctico aplicando uma solução aquosa de ácido láctico a 5% na dobra nasolabial e avaliando as sensações de queimação, ardor e coceira numa escala de quatro pontos a intervalos de um minuto durante um período total de nove minutos.
O tratamento com SensAmone P5 reduziu significativamente a sensibilidade da pele em mais de 26%. Portanto, SensAmone P5 pode ajudar a proteger a pele sensível de reagir exageradamente a estímulos ambientais.
SensAmone P5 é um inovador ativo cosmético inspirado pelo veneno da anêmona do mar e realizado pela ciência através da concepção de um pentapeptídeo em um sistema de entrega baseado em manteiga de Karité. SensAmone P5 reduz a sensibilidade e reatividade da pele inibindo a ativação do receptor da dor TRPV1 presente na pele. O resultado é uma pele suave e calma que é mais resistente ao estresse ambiental.
Texto Original: Mibelle Biochemistry
Tradução e Adaptação: Amanda Omodei, MKT Técnico, Focus Química
Publicação Original: Preview in-cosmetics London – Fev/2017.
III Simpósio Grupo Polar discute impactos de nova portaria da Anvisa no setor logístico farmacêutico
Evento aconteceu na última quinta-feira (26) em São Paulo e teve a participação da Anvisa, do Sindusfarma e do CECMED.
O Grupo Polar, líder de mercado na fabricação de elementos térmicos, reuniu profissionais da indústria farmacêutica, distribuidores e operadores logísticos para discutir as tendências globais em solução para cadeia fria e a perspectiva regulatória da cadeia farmacêutica a partir da consulta pública nº 343, que analisa as Boas Práticas de Distribuição e Armazenagem bem como as Boas Práticas de Transporte de Medicamentos. A consulta substituirá a Portaria 802/1998 e deve trazer impactos significativos no setor logístico farmacêutico.
Para discutir como as empresas podem se preparar para essa nova realidade, a programação técnica contou com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), do CECMED (autoridade reguladora de medicamentos de Cuba), além das empresas internacionais Biocen e DuPont.
O gerente de Boas Práticas e Auditorias Farmacêuticas do Sindusfarma, Jair Calixto, abriu o evento discutindo as características da indústria 4.0 e como as novas tecnologias têm impactado a indústria farmacêutica. “Hoje é cada vez mais comum a utilização de robôs para a otimização de relatórios e para pesquisa de moléculas para a indústria”, comenta.
Nesse cenário, a Subdiretora do Centro para el Control Estatal de Medicamentos, Equipos e Dispositivos Médicos (CECMED) de Cuba, Olga Casanueva, falou sobre como as novas tecnologias são importantes para o gerenciamento da cadeia do frio, seja no armazenamento ou no transporte. Além disso, ela expôs as diferenças regulatórias e de processo entre os dois países.
Durante a sua palestra, o presidente do Comitê de Cadeia Fria da Associação Internacional de Engenharia Farmacêutica Afiliada Brasil (ISPE na sigla em inglês), Ricardo Miranda, apontou a realidade, os desafios e as tendências da logística de temperatura controlada dos perfis de 15º a 25ºC / 15º a 30ºC. Na sua fala, ele destacou a necessidade de se criar um perfil brasileiro de rotas de maneira a identificar os principais nós logísticos, para que haja um gerenciamento de risco efetivo.
A palestra mais aguardada foi a do Felipe Gomes, da Gerência de Inspeção e Fiscalização de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos da Anvisa, já que esclareceu a proposta da consulta pública nº343.
“Nosso objetivo é fazer com que a Portaria 802 esteja alinhada com as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como acontece em Cuba e no Peru. Além disso, com a publicação o Guia de Qualificação de Transporte deixa de ser uma referência para o mercado e passa a ser obrigatório e a cadeia farmacêutica ganha mais um ente: o distribuidor. Ou seja, as empresas que realizam o transporte de medicamentos passam a ser obrigadas a monitorar e controlar as condições de transporte relacionadas às especificações de temperatura, acondicionamento, armazenagem, umidade e fotossensibilidade do medicamento”.
Durante o evento, Gomes declarou que a perspectiva da publicação da consulta pública é de três meses e que a partir de então as empresas terão um prazo de 18 meses para se adequarem aos novos parâmetros.
O III Simpósio Grupo Polar aconteceu em São Paulo na última quinta-feira (26) e reuniu 60 empresas, foram mais de 150 representantes de companhias como Abbott, Bayer, DHL, Merck, Drogaria São Paulo, RaiaDrogasil, Viracopos, entre outras. O evento ainda marcou a expansão do Grupo Polar a partir da atuação da Polar Técnica na América Latina (Colômbia, Argentina e Peru). O responsável pelo Departamento de Desenvolvimento de Bioprocessos do Centro Nacional de Biopreparados (BioCen), Humberto Perez, e o líder global de Tecnologia e Soluções em Cadeia Fria da DuPont®, Steeve Brabbs, também estiveram presentes para apresentar as tendências globais de soluções em cadeia fria.
Sobre o Grupo Polar
O Grupo Polar tem como objetivo oferecer aos clientes soluções completas em todos os elos da cadeia fria, por isso integrou verticalmente todas as atividades desenvolvidas pelas empresas Polar Técnica, Cibragel, Valida e PolarStore. Com experiência e competência técnica há mais de 16 anos, o Grupo foi pioneiro no segmento de fabricação de elementos refrigerantes e atua também com a fabricação de embalagens térmicas, equipamentos para monitoramento de temperatura e serviços de qualificação e validação. É a única empresa do setor a ter a certificação ISO 9001:2015.
Fotos: Divulgação Grupo Polar.
L’oréal reforça compromisso de longo prazo no mercado brasileiro com centro de pesquisa e inovação de última geração
A L’Oréal inaugurou hoje o seu Centro de Pesquisa e Inovação, localizado na Ilha de Bom Jesus (vizinho à Universidade Federal do Rio), no Rio de Janeiro. Este novo centro foi criado para acelerar a inovação e o desenvolvimento de produtos para atender a diversidade das expectativas de beleza dos consumidores brasileiros. Com um investimento de R$ 160 milhões, o Centro de Pesquisa e Inovação no Brasil é um dos sete centros de P&I do Grupo no mundo.
O novo Centro de Pesquisa e Inovação tem duas missões: Acelerar o desenvolvimento local de inovações em categorias onde os brasileiros são altamente exigentes, como cuidados com os cabelos, proteção solar e higiene, com potencial de lançamento mundial. E tornar as melhores inovações da L´Oréal relevantes para consumidores brasileiros e latino-americanos através de desenvolvimentos locais e da customização de tecnologias mundiais.
Na cerimônia de abertura, An Verhulst-Santos, Presidente da L´Oréal Brasil, disse: “A inovação está no coração do desenvolvimento do nosso negócio. Esse novo Centro de Pesquisa e Inovação reflete a confiança da L’Oréal no grande potencial do mercado de beleza brasileiro, o quarto maior do mundo, e pretende trazer inovações disruptivas aos exigentes consumidores brasileiros”.
Laurent Attal, Vice-Presidente Executivo de Pesquisa e Inovação, disse: “A extrema diversidade de tipos de pele e cabelos em um país onde a beleza atinge o status de uma arte de viver representa um fascinante desafio de inovação que merece o melhor da ciência e da tecnologia. Para criar inovações disruptivas para consumidores brasileiros, e inspirar o mundo, o novo Centro foi concebido na vanguarda dos métodos de pesquisa e inovação: colaborativo, digital, aberto ao ecossistema científico e comprometido com a inovação sustentável”.
Fortemente comprometida com métodos alternativos aos testes em animais, a L’Oréal anunciou durante o evento que o seu modelo internacionalmente validado de pele reconstruída, Episkin, cuja implementação no Brasil começou em 2016 em uma colaboração com o IDOR (Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, Rio de Janeiro), estará disponível para a comunidade científica brasileira no início de 2018.
A atividade de pesquisa no Brasil começou em 2009 e, ao longo dos anos, o compromisso da L´Oréal com a comunidade científica brasileira estabeleceu mais de 15 colaborações com universidades e institutos de pesquisa em todo o país, em diferentes áreas científicas, como o conhecimento e a caracterização dos cabelos com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, microbioma com a Universidade Federal do ABC (São Paulo), foto-poluição com a Universidade Federal de Itajubá (Minas Gerais) e peptídeos bioativos com a FIOCRUZ (Rondônia).
Sobre a L’Oréal
A L’Oréal se dedica à beleza há mais de 105 anos. Com o seu portfólio internacional exclusivo de 34 marcas diversas e complementares, o Grupo gerou vendas no valor de 25,84 bilhões de euros em 2016 e emprega 89.300 pessoas em todo o mundo. Líder de beleza no mundo, a L’Oréal está presente em todas as redes de distribuição: mercado de massa, lojas de departamento, farmácias, salões de beleza, varejo de viagem, lojas próprias e comércio eletrônico.
Pesquisa e inovação, e uma equipe de pesquisa dedicada de 3.872 pessoas, estão no cerne da estratégia da L’Oréal, trabalhando para atender às aspirações de beleza em todo o mundo. O novo compromisso de sustentabilidade para 2020 “Sharing Beauty With All” estabelece ambiciosos objetivos de desenvolvimento sustentável em toda a cadeia de valor do Grupo. www.loreal.com
Sobre a L’Oréal Brasil
Sediada no Rio de Janeiro, a L’Oréal está comprometida com o Brasil desde 1959. A empresa possui quatro divisões: Produtos para Grande Público, Produtos Profissionais, Luxo e Cosmética Ativa. Essas divisões gerenciam uma gama de 19 marcas, incluindo L’Oréal Paris, Garnier, Niely, Maybelline New York, NYX PMU, Colorama, L’Oréal Professionnel, Kérastase, Redken, La Roche-Posay, Vichy, SkinCeuticals, Lancôme, Kiehl’ s, Giorgio Armani, Ralph Lauren, Cacharel, Viktor & Rolf e Yves Saint Laurent. A L’Oréal Brasil tem mais de 4.000 funcionários, um centro de Pesquisa e Inovação no Rio e fábricas em São Paulo e Rio de Janeiro. Para mais informações, visite www.loreal.com.br ou na fanpage L´Oréal #BelezaParaTodos.
Água para uso na fabricação de produtos cosméticos e afins – O desafio para a definição das especificações de qualidade
A estrutura química da água e seu comportamento dipolar, torna-a um excelente meio para solubilizar, absorver, adsorver ou suspender diversos compostos, inclusive para carrear contaminantes e substâncias indesejáveis, as quais poderão alterar a pureza e eficácia de um produto e causar risco a saúde. Além disto, possui a capacidade de se contaminar logo após sua purificação (Farm. Bras. 5ª ed., vol.1, cap.11).
Considerando a complexidade do tema – purificação de água, a Portaria nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Esta Portaria apresenta em seus anexos, o padrão para a potabilidade de água e requisitos de controle. De forma geral, a água potável deve apresentar um pH entre 6,0 e 9,5, uma concentração máxima de cloro residual livre de 2 mg/L, não ultrapassar 2,4 mg/L de ferro e 0,4 mg/L de manganês, e apresentar uma turbidez máxima de 0,5 a 5,0 uT, conforme determinado. Além destes parâmetros físico-químicos, outros tantos estão apresentados nas Tabelas VII, VIII, IX e X desta Portaria. No que tange padrão microbiológico, o limite para a contagem de bactérias heterotróficas é de 500 UFC/mL, além da ausência de coliformes totais e fecais (E. coli) em cem mililitros de água.
Contudo, se analisados os diversos elementos químicos orgânicos e inorgânicos presentes potencialmente na água, e sobretudo, seus limites aceitáveis, conforme Anexo VII, da Portaria MS 2.914/11, é possível afirmar que água para o consumo humano, além de apresentar variações significativas em cada ponto de abastecimento, poderá gerar diversas reações indesejadas se utilizada diretamente nos processos de fabricação de produtos cosméticos, medicamentos e outros conforme a regulação Sanitária.
A exemplo disto, pode-se observar claramente o crescente aumento das exigências no que tange água como matéria-prima para produtos regulados pela ANVISA. Pois, dentre as diversas aplicações da água, conforme descrito na Farmacopeia Brasileira 5ª edição, volume 1, capítulo 11, é considerada uma matéria-prima de produção local, utilizada na produção de medicamentos, cosméticos e de outros produtos de interesse sanitário, além de ser o elemento essencial para a maioria dos processos de limpeza de equipamentos e áreas de produção.
Aspectos regulatórios sobre a qualidade da água para uso na produção de cosméticos e afins.
A Resolução da ANVISA RDC nº 48 de 28 de outubro de 2013, apresenta o regulamento técnico de boas práticas de fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, atualizando e harmonizando as diretrizes nacionais com o Mercosul e outras normas internacionais.
Esta norma contempla os requisitos mínimos exigidos à serem cumpridos pelas indústrias na fabricação, embalagem e armazenamento, e controle de qualidade dos referidos produtos.
Embora apresente informações limitadas ao tema – água para uso em processos, permite uma reflexão sobre as exigências atuais e suas complexidades. Como qualquer norma sanitária, carece de complementações a partir de fontes reconhecidas pela ANVISA, e com outras normas desta agência reguladora, como a RDC nº 17/10 (BPF para medicamentos).
“A fonte de provimento de água deve garantir o abastecimento em quantidade e qualidade adequadas”, vide item 13.1 da RDC 48/13. E, no item seguinte desta RDC, “A empresa deve definir claramente as especificações físico-químicas e microbiológicas da água utilizada na fabricação dos produtos, devendo atender no mínimo aos padrões microbiológicos de potabilidade”. A primeira pergunta é: o que significa qualidade adequada para a água ser utilizada como matéria-prima na produção de produtos para a higiene pessoal, cosméticos e perfumes? Potável? Com certeza esta não possui características de pureza que garantam a qualidade adequada em termos físico-químicos. E, no que tange especificação microbiológica, pode ser adequada em alguns casos e em outros não.
A segunda pergunta é referente ao item 13.2.1, o qual define que somente água dentro das especificações estabelecidas deve ser utilizada na fabricação destes produtos. Como garantir que cada porção de água destinada a um dado lote em fabricação, atende os requisitos de qualidade previamente estabelecidos? É preciso considerar as especificações completas de qualidade formalmente estabelecidas de acordo com as exigências mais rígidas dos produtos fabricados em uma indústria. Além disto, cabe salientar que não se consegue medir diariamente a qualidade da água de forma completa, pois os ensaios microbiológicos requerem um tempo prolongado (5 – 7 dias) para conclusão. E, os resultados encontrados, são referentes a uma amostra do passado, não sendo obrigatoriamente a tradução do momento atual (de uso da água no processo). O item 12.6 da RDC 48/13 considera o descrito acima, exigindo que o monitoramento da qualidade da água seja periódico nos pontos críticos do sistema. Isto é, a água para processos (matéria-prima) deve ser produzida a partir de um sistema capaz de atender as especificações de qualidade (físico-químicas e microbiológicas) de forma constante. Portanto, um sistema de produção, armazenamento e distribuição validado é algo imprescindível.
As exigências contidas no item 13 desta RDC, devem ser atendidas, considerando o complemento técnico a partir da RDC 17/10 (Título VI, Capítulos I ao VII) e do Guia da ANVISA de 2013 que trata deste tema de forma mais ampla e completa.
Aspectos relacionados aos critérios microbiológicos e físico-químicos seguros para uso nos processos de produção de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, na limpeza das linhas de produção e no controle de qualidade.
O item 13.2 da RDC 48/13 determina a liberdade da empresa em definir as especificações físico-químicas da água, sendo o padrão microbiológico mínimo aceitável igual ao da água potável (máximo 500 UFC/mL de bactérias heterotróficas e ausência em 100 mL de coliformes totais e fecais).
A RDC nº 481/99 define os padrões microbiológicos de controle para produtos de uso infantil e ao redor dos olhos ou em mucosas, e para os demais produtos cosméticos. Determina além do máximo permitido em unidades formadoras de colônias de micro-organismos aeróbicos totais (UFC/ mL ou g), a ausência de Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e coliformes totais e fecais em 1 g ou 1 mL de amostra. Sendo estes micro-organismos os indicadores de risco à saúde por falha das boas práticas de fabricação, abrangendo processos, produtos, equipamentos e matérias-primas.
Na rotina analítica, não é incomum encontrarmos situações onde, amostras de água intermediária ou com a purificação concluída, apresentando baixa carga de unidades formadoras de colônias de bactérias aeróbicas totais (UFC/mL), mas com presença de Pseudomonas spp. e outras bactérias Gram-negativo.
Por esta razão, indica-se a utilização da água potável com a menor carga microbiana possível como ponto de partida para a produção de água purificada – matéria-prima.
Os contaminantes microbianos da água, em especial bactérias do tipo Gram-negativo, quando detectadas, são indicadores de problemas. Estes micro-organismos são potenciais formadores de biofilme nas estruturas internas de sistemas, proporcionando um incremento gradual da carga microbiana total (UFC/mL), e reprovação de amostras por presença de micro-organismo patogênico. Além disto, afetam ensaios analíticos e alteram os níveis de COT/TOC em amostras de água, dentre outras situações indesejáveis. Portanto, os pontos críticos de sistemas de produção de água para uso em processos, devem ser monitorados quanto a presença de bactérias Gram-negativo, como por exemplo, coliformes, Pseudomonas spp. (P. aeruginosa) e Burkholderia cepacia.
A Farmacopeia Brasileira 5ª edição, volume 1, capítulo 11, apresenta na Tabela 1, os principais tipos de águas, especificações de qualidade e indicações de uso, abrangendo desde o uso como matéria-prima na produção, até lavagem de equipamentos e uso nos laboratórios de controle de qualidade. Dentre os tipos de águas descritos nesta Farmacopeia, a Purificada possui a indicação de uso na produção de produtos cosméticos em geral, no controle de qualidade e outros usos.
As especificações da farmacopeia para a água purificada, FB 5ª ed., vol.2, contemplam: condutividade (limite de 1,3 mS/cm a 25ºC; Carbono orgânico total (COT/TOC) máximo de 0,5 mg/L; substâncias oxidáveis (passa no teste); Acidez e Alcalinidade (passa no teste); Contagem total de micro-organismos aeróbicos (máximo de 100 UFC/mL) e ausência de Pseudomonas aeruginosa e coliformes totais e fecais (E. coli) em 100 mL de amostra), principalmente em produtos de uso tópico.
Farmacotecnicamente, pode-se afirmar que os constituintes físicos, químicos e microbiológicos presentes na água de uso em processos, terão algum tipo de interação nas formulações. Além disto, contaminantes indesejáveis trarão risco à saúde e reprovação de lotes de produtos. Em última análise, poderão gerar desgastes das empresas e perda de competitividade no mercado.
Portanto, as especificações de qualidade da água para uso na produção, devem assegurar de forma robusta, considerando margens de segurança (limites aceitáveis) e a finalidade de uso de cada produto, que não afetarão a qualidade final dos produtos fabricados.
Considerações finais
O conhecimento aplicado é a base para o sucesso da produção ao controle de água para uso na fabricação de produtos cosméticos em geral. Porém, o desafio inicial é a determinação das especificações e limites seguros para a matéria-prima água para uso na produção de cosméticos e produtos regulados. Simplesmente adotar especificações da água potável não é algo seguro, conforme as discussões fundamentadas na Legislação vigente. Salvo que existam justificativas tecnicamente sustentáveis para tanto.
O segundo desafio é a determinação do melhor desenho de sistema para produzir, armazenar e distribuir água dentro dos padrões de qualidade estabelecidos, de forma constante, e que atenda as normas de boas práticas de fabricação.
A sequência dos desafios será em tono das qualificações, validações, monitoramento contínuo, dentre outros temas requeridos pelas BPF.
Bibliografia de apoio
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução – RDC n°48, de 20 de outubro de 2013. Boas Práticas de Fabricação para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Brasília: ANVISA, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução – RDC n°17, de 16 de abril de 2010. Boas Práticas para a Fabricação e Controle de Produtos Farmacêuticos. Brasília: ANVISA, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução – RDC n°481, de 23 de setembro de 1999. Estabelece os parâmetros de controle microbiológico para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Brasília: ANVISA, 1999.
Fernando D. Amaral – Farm. Ind., Ms
Consultor técnico www.unicasuporte.com.br
Grupo Kosmoscience adquire Laboratório GETS e amplia portfólio
Empresa triplica capacidade de atendimento e passa a realizar ensaios de estabilidade acelerada e avaliação de estabilidade térmica físico-química (pH, densidade, viscosidade, parâmetros sensoriais, entre outras).
O Grupo Kosmoscience – um dos maiores CRO´s (Contract Research Organization) – especialista no desenvolvimento de métodos científicos de precisão na avaliação de produtos para o mercado de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos – acaba de adquirir o Laboratório GETS, que fica na cidade Santana do Parnaíba, em São Paulo.
Com a aquisição a empresa passa a contar com três unidades de trabalho – Valinhos, Campinas e Santana do Parnaíba – e a realizar análises físico-químicas necessárias ao estudo de estabilidade acelerada (pH, densidade, viscosidade, parâmetros sensoriais etc), além de câmaras climáticas e de fotoestabilidade qualificadas para armazenamento de amostras, atendendo requisitos do Guia de Estabilidade para Produtos Cosméticos da ANVISA.
O Laboratório GETS é tido como referência na realização de ensaios de estabilidade acelerada de produtos cosméticos e já presta serviços para empresas de todo o mundo. “Agregando esta expertise ao trabalho já desenvolvido na Kosmoscience será possível triplicar o número de atendimentos e apresentar para o mercado ofertas mais justas e preços ainda mais competitivos”, destaca o diretor executivo do Grupo Kosmoscience, Adriano Pinheiro.
A compra reflete a preocupação da empresa em manter sua estratégia de crescimento para suprir as demandas do mercado com o compromisso de investir no aperfeiçoamento da infraestrutura e implantar, já nos próximos meses, a divisão analítica para operações de doseamento e estabilidade de substâncias, bem como a integração das atividades equipes às boas práticas laboratoriais inerentes ao trabalho que o Grupo Kosmoscience desenvolve.
Sobre o Grupo Kosmoscience
O Grupo Kosmoscience é considerado um dos maiores CRO´s (Contract Research Organization). Especialista no desenvolvimento de métodos científicos de precisão para avaliação de segurança e eficácia de produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos, conta com mais de 580 protocolos (testes) de alto desempenho em seu portfólio para as áreas de ciência da pele, ciência dos cabelos, fotoproteção, antiperspirantes e desodorantes e cuidados com o lar, além de ensaios pré-clínicos alternativos ao uso de animais. Atualmente, são mais de 2 mil clientes em 20 países e parcerias com as maiores universidades federais brasileiras para oferecer ao mercado métodos científicos inovadores para avaliação de segurança, eficácia, suporte a apelos mercadológicos e estudos com o consumidor, por meio de análise. Para garantir a qualidade, a empresa conta também com rígidos processos de trabalho e certificações ISO 9001:2008, ISO 17025, BPL, BPC, além de reconhecimento REBLAS e participação no RENAMA.
Para mais informações, acesse: www.kosmoscience.com ou ligue para 55 19 |3829 3482 ou 3829 0841.
Evonik inaugura site no polo cosmético francês
Ao final de setembro, a Evonik comemorou a inauguração do novo site de sua subsidiária Evonik Advanced Botanicals, em Tours (França). Agora integrando a linha de negócios Personal Care, a nova subsidiária foi estabelecida em 2016, quando a Evonik adquiriu a Alkion Biopharma SAS, start-up francesa especializada na produção biotecnológica de ingredientes ativos vegetais. Com isso, a Evonik agora dispõe de uma das melhores tecnologias mundiais em ativos cosméticos derivados de plantas.
Na cerimônia de abertura em Tours, a Evonik anunciou seus planos de transformar o site em um centro para ingredientes ativos vegetais. Tours está localizada na região chamada ‘Vale Cosmético’, que abriga o maior aglomerado de empresas do ramo cosmético do mundo. A proximidade aos clientes juntamente com as possibilidades de colaboração científica com a Universidade de Tours e seu departamento de biotecnologia vegetal, irá contribuir para o crescimento futuro da empresa.
“O nosso portfólio de ingredientes ativos especiais para cosméticos já inclui ceramidas, esfingolipídeos e peptídeos, de modo que estamos satisfeitos por poder complementar esses produtos com uma tecnologia tão atraente”, diz dr. Tammo Boinowitz, diretor da Linha de Negócios Personal Care. Com essa adição, a Evonik agora pode oferecer a seus clientes ingredientes ativos vegetais customizados de alto desempenho – em formas especialmente concentradas e reproduzíveis, todas fabricadas em um processo que preserva recursos.
O novo site em Tours foi projetado para produzir quantidades comerciais desses extratos vegetais. Numerosos projetos de clientes para produtos personalizados já se encontram em estágio avançado. A Evonik também tem planos de oferecer os seus próprios produtos, desenvolvidos e criados em suas novas instalações em Tours, a partir de 2018.
Representantes de conhecidas empresas cosméticas, da universidade de Tours, da cidade de Tours e do município de Parçay Meslay manifestaram a sua satisfação com a abertura do site da Evonik Advanced Botanicals, e todos aproveitaram a oportunidade para saber mais sobre a tecnologia inovadora da empresa.
A Evonik Advanced Botanicals desenvolveu um processo para o cultivo de biomassa vegetal sob condições de laboratório que permite obter extratos com um rendimento extraordinariamente alto de ativos complexos. A tecnologia é baseada na capacidade das plantas de produzir um amplo espectro de metabolitos secundários, de acordo com a necessidade. Por meio da sua tecnologia, a Evonik consegue usar esse potencial sem modificar o genoma das plantas. Isso faz com que seja possível produzir extratos vegetais com alta concentração das substâncias bioativas desejadas, permitindo à Evonik oferecer um valor agregado considerável aos seus clientes.