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Zona Leste paulistana é celeiro da nova indústria cosmética

A conexão emocional com os bairros onde os empreendedores nasceram e foram criados e a facilidade de logística e distribuição mantém as marcas na região.

De acordo com a Anvisa, existem hoje no Brasil 2.718 empresas cosméticas regulamentadas. Destas, 15 são de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima de R$ 300 milhões e representam 75% do faturamento total do setor. Só na região Sudeste, 1.643 atuam como indústrias da beleza.

A tradição econômica da indústria cosmética no estado revela cada vez mais empresas jovens – com até 10 anos -, em especial, na capital paulista. A Zona Leste da cidade já pode ser considerada um celeiro para essas novas marcas, com proprietários que possuem não só uma relação emocional com a localidade (nasceram e foram criados na região), como também consideram a região estrategicamente importante para o escoamento de suas produções.

Essa tendência pôde ser vista na 18ª edição da HAIR BRASIL – Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética, realizada entre 14 e 16 de abril no Expo Center Norte, em São Paulo. Considerado o principal evento do setor de beleza profissional na América Latina, a feira reuniu mais de 900 marcas expositoras entre nomes nacionais e internacionais, que apresentaram tendências, novas técnicas e lançamentos nos setores Profissional Show e Varejo Negócios.

Com faturamento de R$ 30 milhões e perspectiva de crescimento de 50% para 2019, a Sweet Hair Professional possui escritório no Tatuapé e sua fábrica está localizada em São Mateus, “Não é apenas a facilidade logística, mas os cinco sócios nasceram e foram criados na região. Temos vínculos sociais e afetivos muito fortes”, conta Paulo Vargas, sócio proprietário da empresa. A empresa, de olho da demanda internacional, exporta hoje para 70 países.

“Eu nasci e cresci no bairro de São Miguel Paulista. Porém, a localização estratégica faz com o processo logístico seja facilitado. Estamos perto de rodovias e do aeroporto e isso ajuda no planejamento de expansão da marca, que foca o mercado nacional e o interior de São Paulo”, conta Marcelo Martins, proprietário da Quon Cosméticos, que fabrica máscaras matizadoras e hidratantes, assim como para reconstrução capital, além de um spray de progressiva temporária.

Com apenas seis meses, a Sharazad, do Tatuapé, comercializa máquinas para impressão de unhas artísticas e tem expectativa de faturamento de R$ 2 milhões já no primeiro ano. O casal Sara Baki, 30 anos, e Aluke Reslan, 52 anos, apontam vantagens na localização como o crescimento econômico e a facilidade logística. “Um bairro em ascensão econômica, central, com acesso às principais vias que ligam ao litoral e ao interior do estado, além da proximidade com o aeroporto, facilitam muito a nossa atuação”, avalia Sara.

Já a Macrilan, na Mooca, atua há 10 anos no mercado de pincéis para maquiagem, unhas e cílios postiços. Mantém sua central de distribuição no bairro devido à proximidade com polo comercial foco do negócio: região da 25 de Março, Brás e Pari.

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