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Pesquisa revela substâncias bioativas em frutas e plantas amazônicas para medicamentos e cosméticos

Extratos de frutas e plantas amazônicas apresentaram substâncias bioativas que podem ser aplicadas na indústria cosmética e farmacêutica. Os resultados são de uma pesquisa científica que teve como objetivo descobrir novos bioativos com aplicação no mercado. A pesquisa analisou 400 extratos. Desse total, pelo menos quatro apresentaram bioativos promissores.

Extratos do jucá (Libidibia ferrea), maracujá do mato (Passiflora nitida), piquiá (Caryocar vilosum) e breu-branco (Protium sp.) apresentaram potencial antioxidante e na redução da obesidade.

Coordenado pelo doutor em Farmácia, Emerson Lima, o estudo foi realizado no Laboratório de Atividade Biológica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no âmbito do Programa de Apoio à Núcleos Emergentes de Pesquisa (Pronem).

Segundo Lima, os extratos das folhas do maracujá do mato, do fruto do jucá e do piquiá apresentaram atividades antioxidantes, ou seja, com substâncias capazes de combater os radicais livres, que são moléculas liberadas pelo corpo que podem causar o envelhecimento e a morte celular. O piquiá foi o fruto que apresentou melhor potencial antioxidante.

“A substância mais conhecida com esse potencial antioxidante é o ácido ascórbico, conhecida como vitamina C, presente em várias frutas. A aplicação dela se destaca como aditivos de alimentos, em cosméticos para tratamento da pele e em produtos de combate a esses radicais livres. Nosso projeto visou substituir a vitamina C por bioativos naturais em uma formulação cosmética antienvelhecimento”, afirmou o pesquisador.

Redução da obesidade

O grupo de pesquisa também descobriu que uma substância isolada do breu – árvore da região amazônica – foi capaz de reduzir a obesidade. O resultado gerou uma patente apresentada a uma indústria farmacêutica multinacional que se interessou pelo estudo.

Já os resultados com os extratos das três frutas despertaram o interesse da indústria de cosméticos. A pesquisa realizada com maracujá do mato, por exemplo, fez com que uma empresa regional procurasse a universidade e firmasse contrato de transferência de tecnologia, para a produção de um produto que deve ser lançado em breve no mercado.

O projeto também possibilitou a formação de recursos humanos. Foram seis alunos de doutorado, oito de mestrado, e 13 graduandos que receberam orientação e participaram do estudo científico. Além disso, foram publicados 20 artigos científicos ligados diretamente à pesquisa.

“Acreditamos que foi um projeto exitoso com publicação de artigos científicos, formação de mestres e doutores e com produtos que podem gerar renda para o Estado”, enfatizou Lima.

Fonte: G1

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