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Itens de beleza ganham novos públicos dentro das drogarias

As farmácias no País ganharam nos últimos anos um impulso com a venda de produtos de beleza e cuidados pessoais. Com a crise, caiu o gasto do brasileiro com este tipo de item nas drogarias, o que exigiu delas adaptação à nova realidade e maior negociação com a indústria para garantir preços competitivos e atrair de volta o consumidor.

Para o especialista, a tendência para a venda dessa categoria de produtos é sustentada, em parte, pela reformulação do papel comercial das farmácias no mercado e também de a estratégia de ampliação do público alvo dos itens de beleza e cosméticos. “Esse processo está chegando a outros perfis de consumidores, como por exemplo classes sociais mais baixas. Com esse aumento no fluxo das lojas, há maior necessidade de diversificação no sortimento de itens”, diz.

Essa perspectiva de aproximação entre os players da cadeia também está em linha com o raciocínio do gerente de marketing da fabricante de produtos para cabelo Italian Collor, Décio Alcântara.

“Nos últimos cinco anos, os consumidores passaram a considerar a farmácia como um negócio no qual há possibilidade de comprar produtos além de medicamentos. Com isso, no ano passado, desenvolvemos uma linha de produtos apenas para esse tipo de canal”, afirmou Alcântara.

Segundo ele, os produtos destinado às farmácias consistem em um kitdiferentemente daquele formato convencional de outros segmentos de varejo. “Em setembro, lançamos mais cinco produtos nesse formato para esse canal. Percebemos que os consumidores que foram afetados pela crise econômica deixaram de ir ao salão de beleza, mas não pararam de comprar esses produtos”, afirmou o executivo.

Do lado das farmácias, o processo de inserção de mais itens de beleza nas gôndolas também tem sido valorizado.

Para o gerente executivo de operações da rede de drogarias Pague Menos, Thiago Ladeira, a parceria com fornecedores é fundamental para reforçar o sortimento de produtos dessa categoria, os quais devem representar 20% da venda total do negócio no período de Black Friday. “Se olharmos só para o e-commercea representatividade dos dermocosméticos é de 40% dentro do segmento de beleza”, afirmou Ladeira.

“Fizemos um trabalho de análise sobre o potencial de venda desses itens em algumas regiões em que atuamos. Esses produtos têm maior valor agregado, grande possibilidade de crescimento e puxam o nosso tíquete médio para cima”, disse o executivo, lembrando que o gasto médio dos clientes da rede está em R$ 53. Ainda de acordo com ele, a participação desse grupo de artigos no ambiente online saltou de 27% para 44% em 2018 em comparação ao ano passado.

Para ele, o apelo promocional dos itens de beleza não vai se limitar apenas às unidades físicas no período de Black Friday, mas também se estenderá para outros períodos sazonais, explorando o potencial de vendas no ambiente virtual. No entanto, por meio de nota, a companhia afirmou redução de 8% para 6,5% nas vendas totais de 2018 em razão de fatores macroeconômicos. Os aportes também terão queda, passando de R$ 212 milhões para R$ 176 milhões.

Outro exemplo de rede com atenção voltada para esse tipo de demanda de mercado é a Ultra Popular. “Tenho notado que não apenas as mulheres têm buscado esses segmento de produto, mas também os homens com a compra de hidratante para a barba e para a pele”, afirmou o proprietário da rede, Luiz Carlos Júnior, ressaltando o fato de que os dermocosméticos representam 5% do faturamento total.

Para o executivo, nos últimos três anos, houve um aumento de 20% a 30% no volume de vendas de cosméticos. “Esse movimento fez com que houvesse necessidade de investimento na disposição dos produtos em prateleiras diferentes, com maior iluminação e no treinamento dos funcionários para abordar o consumidor e informá-lo sobre os cremes”, argumentou.

Fonte: DCI

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