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Ingredientes de origem animal em cosméticos

Conheça os principais elementos derivados da exploração animal presentes na formulação de cremes,
xampus, sabonetes e maquiagem.

Dentro da proposta de consumo consciente defendida pela Simple Organic, marca brasileira de cosméticos veganos, orgânicos, naturais e cruelty-free chancelada pela Ecocert e pelo PETA, atenção ao que é descriminado nos rótulos é fundamental para não cair no Greenwashing.

A prática desempenhada por pequenos e grandes players da indústria de cosméticos caracterizada pelo marketing verde que não é verdadeiro, é muito mais um discurso de vender a sustentabilidade, a saúde e a beleza natural sem realmente carregar esses conceitos em toda a sua cadeia produtiva. “É o caso de marcas que são cruelty-free, ou seja, que não realizam testes em animais, mas que utilizam ingredientes de origem animal na composição de seus cosméticos. Eu não vejo muito sentido nisso. É uma contradição”, afirma Patricia Lima, fundadora da Simple Organic.

Essa leitura nos rótulos serve como ponto de partida para um movimento que cresce cada vez mais no Brasil já é rotina nos Estados Unidos e Europa e visa conscientizar o consumidor e a minimizar os riscos de cair no marketing verde de marcas ditas cruelty-free, mas que não são necessariamente vegan-friendly e, assim, a fazer escolhas inteligentes pautadas pela transparência na comunicação de suas embalagens. “Encorajamos as pessoas a se familiarizarem com as listas de ingredientes e a conferir a rotulagem, já que no Brasil não há nenhum órgão nacional que preste esse tipo de serviço. Isso vai muito além da utilização do leite e do mel pela indústria cosmética”, explica Patricia que sinaliza os principais ingredientes provenientes de sofrimento animal presentes na formulação de produtos de higiene pessoal a maquiagem. “Proteínas (colágeno, colágeno hidrolisado, gelatinas e alguns aminoácidos isolados), lanolinas puras, acetiladas e/ou etoxiladas e ésteres derivados do sebo animal são alguns dos exemplos mais comumente utilizados nessa indústria”, enumera a especialista em beleza natural que garante a possibilidade de substituir ingredientes animais por vegetais e orgânicos sem perder em sensorialidade, espalhabilidade, emoliência, lubrificidade, oleosidade, consistência, estabilidade, pigmentação duração e validade.

Cochonilha, carmim ou vermelho natural 4
Corante extraído do corpo e dos ovos das fêmeas do inseto cochonilha, está presente em batons vermelhos e rosados, xampus e cosméticos avermelhados. O suco de urucum e o de beterraba são alternativas naturais para se obter a mesma coloração na indústria cosmética.

Colágeno e elastina
Obtido por meio da fervura do tecido conjuntivo dos animais, ou seja, de carcaças, ligamentos e ossos de boi e porco, frequentemente encontrado em cosméticos de tratamento para corpo, rosto e unhas, além de xampus e vitaminas. A proteína de soja e o óleo de amêndoa são substitutos para o colágeno.

Lanolina
É o nome dado para o sebo da lã de ovelhas em produtos hidratantes em consequência de sua exposição à alta temperatura. Presente em produtos hidratantes como xampus, máscaras capilares e batons cremosos. Óleos extraídos de plantas e vegetais cumprem a função desempenhada pela lanolina.

Placenta
Retirada de animais fêmeas abatidas em matadouros, pode ser encontrada em xampus, condicionadores e produtos em geral destinados para tratamento capilar.

Ácido esteárico
Geralmente derivado da banha (gordura animal de porco) ou sebo (gordura animal da carne de boi ou de carneiro). É produzido por fervura das carcaças dos animais para extração desse ácido graxo para compor sabonetes, cremes hidratantes e máscaras de cílios. O óleo de coco e de babosa são excelentes possibilidades veganas.

Estradiol
O estradiol é um tipo de estrogênio retirado da urina de éguas prenhas para compor hidratantes e perfumes.

Queratina
É conseguida pela trituração de uma enorme quantidade de cascos, pelos, penas, chifres e penas de animais, muito utilizadas em produtos para tratamento capilar e das unhas. Como alternativa, a proteína de soja e o óleo de amla podem ser utilizados.

Cera de abelha, geleia real, mel, pólen e própolis
Sob os nomes de bee wax, Royal gelly, honey e pollen, a produção de mel também contribuiu para a crueldade animal. Isso porque muitos criadores utilizam métodos de inseminação artificiais nas abelhas rainhas e também optam pelaextração bruta do esperma do zangão para fecundação. As ceras de carnaúba e de candelila, além das manteigas de ucuúba, murumuru, tucumã, cacau e cupuaçu são perfeitas para substituir a cera produzida por abelhas.

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