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Bioimpressão de pele 3D usada em testes cosméticos pode ser ampliada para redução de cicatrizes

Especialista britânico apresentou solução durante Congresso realizado na FCE Cosmetique, em São Paulo

A indústria cosmética está em constante inovação, buscando soluções que melhorem a eficácia dos produtos e minimizem os impactos no meio ambiente. Faz parte desse processo a eliminação do uso de animais para testes clínicos. E a ciência já ajuda nesse avanço, por meio de tecnologias como a bioimpressão de pele humana em 3D, que permite testes mais precisos, éticos e sustentáveis.

A solução foi apresentada pelo professor britânico Liam Groover, da Universidade de Birmingham, durante a 37ª edição do Congresso Brasileiro de Cosmetologia, realizado em São Paulo. Pioneiro no método de impressão de substitutos das três camadas da pele (epiderme, derme e hipoderme), o especialista se entusiasma ao mostrar para a plateia alguns resultados conquistados ao longo de anos de pesquisas.

“O uso de um fluído de gel, criado por nós, permite imprimir estruturas complexas que antes eram impossíveis. A pele que resulta desse processo revelou alta fidelidade à humana”, explica. Algumas empresas já estão usando essa tecnologia que, além de tudo, pode baratear os processos, de acordo com o professor. “Pensando a longo prazo, a bioimpressão tem aplicação promissora no tratamento de feridas crônicas profundas, com potencial para reduzir cicatrizes e restaurar funções naturais da pele”, complementa Groover.

O Congresso, que agora é dirigido por Silas Arandas, presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, também recebeu Paulo Marinho, engenheiro químico e representante da marca coreana T&R Biofab. O palestrante dividiu com a audiência tecnologias livres de água para cuidados com a pele, que dispensam o uso de outros ativos e recursos nas formulações. “Como somos originalmente uma empresa de dispositivos médicos, nossa ideia é levar a tecnologia da medicina para os cosméticos. Quando uma pessoa precisa tomar um remédio, ela não o passa na pele, ela normalmente engole uma pílula ou toma uma injeção”, explica Paulo.

Em resumo, reduzindo o uso de água nos processos, a indústria cosmética pode garantir ativos mais eficientes, um impacto menor ao meio ambiente e obter um produto menos custoso.

Recém-formada em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba, Maria Luísa de Sá Freire acompanhou o Congresso e elogiou o espaço de conteúdo. “Essa já é a terceira vez que participo e sinto que, a cada ano, a organização vem evoluindo mais, possibilitando essa conexão com os principais players do mercado. É uma chance única de ter contato com grandes profissionais da área”, diz.

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