Companhia aporta US$ 5 milhões em veículo de investimento para adquirir fatias minoritárias em fabricantes de cosméticos com alto potencial de crescimento, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, e diz que haverá outras iniciativas no futuro.
“A Dynamo Beauty Ventures é o primeiro instrumento que atende nossos critérios e focos daqui para a frente”, disse Roberto Marques, presidente do conselho de administração da Natura, em teleconferência com analistas. “Haverá mais dessas iniciativas no futuro.”
Os resultados da empresa no primeiro trimestre de 2019 foram considerados fracos por analistas, mas vieram em linha com o esperado. O lucro líquido da empresa foi de R$ 13,5 milhões nos três primeiros meses do ano, ou 44,8% do registrado no mesmo período de 2018.
Segundo Marques, apesar de condições desafiadoras, a empresa está no caminho para cumprir metas e reduzir a alavancagem. A empresa espera reduzir sua dívida líquida em relação à geração de caixa para 1,4 vez até 2021, em comparação com 2,95 vezes no fim de março.
O endividamento da Natura é importante porque ela vem negociando com a Avon, dois anos depois de adquirir a marca The Body Shop por 1 bilhão de euros.
Reveladas no fim de março, as negociações envolvem a compra da Avon na América do Norte, empresa de capital fechado à parte, além da Avon negociada em bolsa e que opera ao redor do mundo. Segundo Marques, as conversas com a Avon continuam, mas sem novidades.
Já a The Body Shop tem crescido nas vendas diretas, de onde já vêm 5% da receita da marca. Porém, as vendas recuaram 0,2% no trimestre, pelo fechamento de 44 lojas de baixo desempenho.
Fonte: Estadão